Janones entra na mira da Polícia Federal, Abin e PGR após denúncia de rachadinha

Atualizado em 28 de novembro de 2023 às 15:25
André Janones (Avante-MG), deputado federal. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão em ação para apurar as denúncias relacionadas à suposta prática de rachadinha no gabinete do deputado federal André Janones (Avante-MG).

Segundo Paulo Capelli, colunista do Metrópoles, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à PF informações em posse do Ministério Público para que a corporação investigue a consistência das provas oriundas da denúncia feita por um ex-assessor.

Conforme apurações realizadas em setembro do ano passado, integrantes da Abin reuniram-se com o denunciante em Brasília, gravando relatos de alegadas irregularidades que teriam ocorrido no gabinete de Janones. O deputado assumiu o uso de fake news nas redes sociais durante o processo eleitoral de 2022.

A denúncia é fundamentada em um áudio no qual um aliado de Janones, sem saber que estava sendo gravado, afirmou ter repassado R$ 60 mil ao deputado e à atual prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes, provenientes do esquema de rachadinha.

O relato aponta que os servidores eram obrigados a fazer saques em espécie, repassando o dinheiro vivo em mãos a Leandra, então assessora de Janones, que nega irregularidades.

O ex-assessor, autor da denúncia, alega que a quebra do sigilo bancário dos servidores comprovaria o padrão dos saques em caixa eletrônico. Além disso, acusa Janones de receber propina de 20% por obras em Ituiutaba e denuncia suposto superfaturamento na contratação de artistas para shows na cidade.

Recentemente, o Metrópoles revelou que Janones cobrava parte do salário dos assessores para custear despesas pessoais e que solicitou R$ 200 mil aos assessores para financiar campanhas eleitorais.

Após a denúncia, a assessoria de Janones afirmou que os áudios estão “fora de contexto”. O deputado federal também disse que abriria mão de seu sigilo bancário para provar que não praticou rachadinha com seus assessores, dizendo que “não tem o que esconder”.

Ele também contou que pediria sua própria quebra de sigilo se fosse investigado por algum inquérito. “Eu toparia abrir mão do meu sigilo bancário e peticionaria em um processo para que isso fosse feito espontaneamente, caso houvesse um processo, mas não há”, afirmou Janones.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link