Janones nega rachadinha, fala em “vaquinha” e diz que não fez nada de errado

Atualizado em 28 de novembro de 2023 às 20:28
André Janones com roupa social e expressão séria
André Janones comentou nova polêmica – Reprodução/Agência Brasil

O deputado federal André Janones (Avante-MG) comentou hoje em entrevista concedida ao UOL News desta terça-feira (28) o áudio divulgado no qual solicita parte dos salários de seus assessores, destacando que não se trata de uma “rachadinha”, mas sim de uma proposta de “vaquinha”.

Em suas declarações, Janones enfatizou a distinção entre as duas práticas, defendendo a natureza colaborativa da vaquinha em comparação com a ilegalidade associada à rachadinha.

“Discordo que vaquinha é o mesmo que rachadinha. Tenho certeza que vocês já participaram de vaquinha na vida de vocês. E qual a diferença entre vaquinha e rachadinha? A rachadinha existe um controle: você sabe quanto a pessoa recebe, cobra um valor determinado e ela tem que devolver um valor para você. Isso é uma maneira de você desviar indiretamente”, esclareceu Janones.

O deputado ressaltou que, apesar das especulações sobre a legalidade da proposta, nenhuma transação foi realizada, e nenhum benefício pessoal foi adquirido. “Ainda que a gente questione se isso é ou não ilícito, isso não foi praticado. Não adquiri nenhum imóvel, nenhum bem, um celular ou uma pilha de controle remoto. Não comprei nada, porque a prática não foi realizada”, afirmou.

Quando questionado sobre arrependimentos, Janones negou qualquer remorso, argumentando que não realizou nenhuma ação incorreta. Ele enfatizou a distinção entre sua proposta e possíveis práticas ilícitas, destacando que seu objetivo não era financiar luxos pessoais para seus assessores.

“Me arrependeria se eu estivesse não fazendo vaquinha e bancando viagens, mansões, hotéis caros e restaurante de luxo para meus assessores”, concluiu ele.

O áudio em questão, obtido pelo Metrópoles, revela Janones discutindo a possibilidade de seus assessores repassarem valores para compensar prejuízos de uma campanha de 2016, na qual ele concorreu ao cargo de prefeito de Ituiutaba (MG) e foi derrotado.

O deputado negou qualquer ato de corrupção, explicando que o repasse não era secreto e que não teria problema se tornasse público. Ele justificou a solicitação como uma tentativa de reconstruir seu patrimônio perdido durante a campanha.

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