Japão sofre terremoto de magnitude 6.0 na virada do ano

Atualizado em 31 de dezembro de 2025 às 12:46
Estrela marca o epicentro do terremoto no Japão. Foto: Earthquake USGS

Um terremoto de magnitude 6 atingiu a costa leste da região de Noda, no Japão, nesta quarta-feira (31), segundo dados divulgados por centros internacionais de monitoramento sísmico. O abalo ocorreu no mar, a cerca de 90 quilômetros do litoral, e não há, até o momento, registro de vítimas ou danos estruturais.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o tremor foi detectado a uma profundidade aproximada de 19 quilômetros, considerada rasa do ponto de vista sísmico. As informações iniciais já passaram por revisão técnica, mas podem ser novamente ajustadas conforme novos dados sejam analisados por sismólogos nas próximas horas.

O Centro Sismológico Europeu-Mediterrânico (EMSC) também registrou o evento, informando que o terremoto ocorreu por volta das 0h26 no horário local, cerca de 96 quilômetros a nordeste da cidade de Miyako, na província de Iwate. Segundo o órgão, a magnitude inicial foi estimada em 6,0, mas outros centros apresentaram medições ligeiramente diferentes.

A rede RaspberryShake, que utiliza sensores distribuídos globalmente, indicou magnitude de 5,8. Já o Réseau National de Surveillance Sismique (RéNaSS), da França, estimou o tremor em 5,6, enquanto o Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ) apontou magnitude de 5,8. Essas variações são comuns nas primeiras horas após um terremoto, quando diferentes metodologias e bases de dados são comparadas.

Área de alcance do terremoto. Créditos na imagem

Com base nas informações preliminares, especialistas avaliam que o tremor provavelmente foi sentido por moradores próximos ao epicentro, mas sem potencial para causar grandes estragos.

Em cidades como Miyako, com cerca de 51 mil habitantes, localizada a 96 quilômetros do ponto do abalo, Hachinohe, a 125 quilômetros, e Kamaishi, a 127 quilômetros, o fenômeno deve ter sido percebido como um tremor leve, com possibilidade de objetos caírem de prateleiras ou pequenas vibrações em edificações.

As autoridades japonesas seguem monitorando a situação. Até agora, não há alertas de tsunami nem relatos oficiais de interrupções em serviços essenciais. O Japão, situado no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, registra frequentemente terremotos de diferentes intensidades devido ao encontro de várias placas tectônicas, e mantém sistemas avançados de monitoramento e resposta a desastres naturais.

Augusto de Sousa
Augusto de Sousa, 31 anos. É formado em jornalismo e atua como repórter do DCM desde de 2023. Andreense, apaixonado por futebol, frequentador assíduo de estádios e tem sempre um trocadilho de qualidade duvidosa na ponta da língua.