Candidato à Presidência da Argentina, Javier Milei reclamou de ser comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele afirma que as comparações são “maliciosas” e feitas por pessoas que praticam uma política “suja”.
“Às vezes, algumas dessas comparações são feitas de forma maliciosa e com intenção política. Isso faz parte de como a política é suja e de como os conselheiros são sujos”, afirmou em entrevista ao programa “Comunidad de Negócios”, do canal LN+.
Segundo Milei, a comparação é uma “estratégia para assustar as pessoas”. O político ainda negou as comparações ao ex-presidente americano Donald Trump. O argentino diz que se difere dos ex-mandatários americano e brasileiro por não ter se juntado a um partido grande para participar da disputa.
“Criamos uma nova estrutura e vencemos as duas estruturas que governaram nos últimos 70 anos”, avalia. O candidato argentino ainda se apresenta com o discurso de outsider e diz que é o único que “pode mudar as coisas” no país.
“Os políticos que têm de fazer a reforma são parte do problema. Nenhum deles está disposto a fazer essas mudanças porque terão de abrir mão de seus privilégios”, alega.
Em agosto, o ex-presidente brasileiro manifestou apoio ao candidato argentino, dizendo que eles têm muitas coisas em comum. “Defendemos a família, a propriedade privada, o livre mercado, a liberdade de expressão, o legítimo direito de defesa”, afirmou na ocasião.
Político de extrema-direita e formado em economia, Milei liderou a eleição primária em agosto, com 30,4% dos votos. Ele concorre pela coalizão “La Libertad Avanza” e se define como “anarcocapitalista” e “libertário”. Suas propostas são fechar o Banco Central do país, acabar com o peso e usar o dólar como moeda local.