Jean Wyllys lembra apoio de Eduardo Leite ao “racista homofóbico” Bolsonaro: “Minha sororidade é crítica”

Atualizado em 2 de julho de 2021 às 9:48
Fotomontagem: Eduardo Leite e Jean Wyllys.

Jean Wyllys (PT-RJ) usou sua conta no Twitter na noite dessa quinta-feira (1º) para tecer considerações sobre o fato do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) assumir sua homossexualidade. Acompanhe:

E qual é mesmo o problema de ser um “gay governador”? O reposicionamento político feito (assumir-se agora e só agora) em função da força do movimento LGBTQ é bacana; mas essa subsequente “limpeza” da identidade em nome do suposto mérito individual é um equívoco.

Sim, devemos nos acostumar a ver gays e lésbicas de direita e até de extrema-direita; só não devemos nos esquecer que eles só aparecem e dão as caras quando 1) nós da esquerda conquistamos o direito para eles; 2) quando estão são tirados do armário; 3) ou por marketing eleitoral

Bacana o governador de direita se assumir gay num país homofóbico como o nosso; acho bacana mesmo; mas já que se assumiu, faça-o sem jogos de palavras para agradar a homofobia liberal.

Depois de anos no armário e apoio explícito a um racista homofóbico que se revelou um genocida; após o silêncio diante de todo horror vivido pela comunidade LGBTQ assumida nesse país, no mínimo devemos receber com alguma consciência crítica a saída do armário do governador.

E ainda mais num contexto em que a direita golpista que apoiou e votou num homofóbico racista que se revelou um genocida está desesperada atrás de um títere com óleo de peroba do século XXI: supostamente “verde” e “colorido”, porém neoliberal. Minha sororidade é crítica, sorry.