
A Dimi Joias, loja de São Paulo que recentemente deu um cordão de ouro para Neymar e foi homenageada com uma música pelo funkeiro MC Ryan SP, está no centro de uma investigação policial revelada neste domingo (18) pelo “Fantástico”, da TV Globo. Segundo a reportagem, a joalheria é suspeita de participar de um esquema milionário de receptação de ouro roubado.
A operação da Polícia Civil revelou uma rede criminosa que começa nas ruas, com assaltos praticados por grupos ligados a Suedna Barbosa Carneiro — conhecida como Mainha do Crime, de Paraisópolis. As joias roubadas seguiam para Rony Gonçalves, apontado como um dos principais articuladores do comércio clandestino de ouro no centro da capital. Rony foi flagrado com R$ 80 mil em casa e, ao ser questionado, alegou que “apenas comprava” sem saber da origem ilícita dos produtos.
A investigação atingiu ao todo onze joalherias, mas ganhou notoriedade com o nome da Dimi Joias. Segundo a polícia, o proprietário da loja, Douglas Bonetti, movimentou mais de R$ 90 milhões em quatro anos. Embora sua defesa alegue que ele não foi indiciado e que a investigação é preliminar, a associação da marca a celebridades como Neymar e MC Ryan SP — que recentemente foi flagrado agredindo a ex-esposa — levanta questionamentos sobre o alcance do esquema e a blindagem social de quem o integra.
O Fantástico também mostrou que 22 alianças e anéis são roubados por dia em São Paulo. Só no primeiro trimestre de 2025, o estado registrou um aumento de 68% nesses crimes, impulsionados pela valorização do ouro no mercado internacional. Em dez anos, o grama do metal subiu de R$ 100 para mais de R$ 600.
Especialistas alertam para a urgência de regulamentar o mercado com rastreabilidade e fiscalização científica. Enquanto isso, ouro manchado por violência continua a circular — e brilhar — no pescoço de ídolos nacionais.
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