Jogo de interesse: De olho em cargos e verbas de R$ 95 bi, Centrão estuda apoio a governo Lula

Atualizado em 8 de novembro de 2022 às 6:58
Lula (PT) em discurso da vitória após a eleição presidencial. Foto: Reprodução

Pouco mais de uma semana após o fim das eleições, partidos do Centrão já demonstram interesse em aderir ao futuro governo Lula (PT). O que está em jogo é a possibilidade de manter o controle sobre órgãos que concentram 250 cargos e um orçamento de R$ 94,7 bilhões para 2023.

Partidos do Centrão controlam hoje órgãos como a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), o Banco do Nordeste e o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), além de cargos em diretorias no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), entre outros.

Sob a gestão Jair Bolsonaro (PL), a Codevasf foi alvo de investigações por suspeitas de corrupção com recursos do orçamento secreto. Com informações do Globo.

Siglas como PP, Republicanos e PL, pertencentes hoje à base bolsonarista no Congresso, realizam discussões internas e estudam a possibilidade de aderir ao terceiro mandato de Lula (PT). A opção não seria inédita, uma vez que boa parte desses partidos já integrou as bases de governos petistas no passado.

Fora da órbita do Centrão, o PSD abriu negociações com a equipe de transição petista. Gilberto Kassab, presidente da legenda, quer que o PSD comande ao menos um ministério a partir de 2023.

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