O anúncio de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sobre sua candidatura à Presidência em 2026 gerou grande repercussão, especialmente após a confirmação do apoio de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi divulgada por Flávio nas redes sociais, que declarou que o ex-presidente o havia escolhido para dar continuidade ao projeto político iniciado por ele. Menos de 24 horas depois, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), se manifestou publicamente em apoio à candidatura de Flávio.
Em sua postagem, Jorginho Mello destacou as qualidades de Flávio, chamando-o de “um grande brasileiro, homem equilibrado e capaz de unir a direita”, afirmando que a união no campo político é essencial para o Brasil. Segundo o governador, a direita precisa estar junta para evitar mais quatro anos de governo petista. Mello reforçou sua lealdade ao ex-presidente Bolsonaro, colocando-se ao lado de seu líder político em apoio à decisão sobre a candidatura.
A manifestação de apoio de Jorginho Mello ocorre em meio a um momento tenso dentro da família Bolsonaro. Nos últimos dias, houve um episódio de atrito interno, quando Michelle Bolsonaro criticou alianças feitas pelo PL no Ceará, gerando uma resposta dos filhos do ex-presidente. Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro acusaram Michelle de “atropelar” as decisões políticas de Jair Bolsonaro. Após um pedido de desculpas, o impasse foi resolvido, mas o episódio expôs disputas pelo protagonismo político dentro da família.
A escolha de Flávio Bolsonaro como candidato à Presidência também ocorre após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser condenado e preso, mas ainda exercer grande influência política, especialmente no PL. Apesar da prisão, Bolsonaro segue articulando decisões estratégicas e sendo uma figura central para o futuro político da direita no Brasil. Flávio, que já foi criticado por outros membros da direita, agora busca consolidar sua posição como herdeiro político de seu pai.
Com a oficialização da candidatura, Flávio Bolsonaro se prepara para enfrentar uma eleição acirrada, onde a disputa no campo da direita será feroz. Antes do anúncio, o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era considerado uma das opções mais fortes para representar a direita nas eleições de 2026. No entanto, Tarcísio já havia enfrentado críticas de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que questionou sua capacidade de liderar a direita.
O apoio de Jorginho Mello a Flávio é visto como um passo importante para garantir a coesão política no campo da direita. Mello, que lidera um dos estados mais importantes do país, tem se consolidado como uma figura estratégica para o PL, fortalecendo a base política da família Bolsonaro. Sua manifestação pública sinaliza que a aliança do PL se mantém firme, apesar das divisões internas.
Além disso, a escolha de Flávio Bolsonaro reflete uma tentativa de manter a família no centro da política brasileira, mesmo com as controvérsias que cercam o ex-presidente e seus filhos. A ideia de uma candidatura familiar não é novidade, já que membros da família Bolsonaro têm sido associados a projetos políticos e decisões estratégicas desde a ascensão de Jair Bolsonaro à presidência.
Por fim, a movimentação em torno da candidatura de Flávio Bolsonaro também levanta questões sobre o futuro do país e da direita. Com a possibilidade de um confronto político acirrado entre os membros da direita e a esquerda nas eleições de 2026, o Brasil se prepara para mais um capítulo importante em sua história política. A união da direita, conforme apontado por Jorginho Mello, será crucial para definir o rumo das próximas eleições.