
Na CPI da Covid, a “Capitã Cloroquina” prosseguiu com a narrativa mentirosa sobre o TrateCov, aplicativo que recomendava a droga.
Ela voltou a afirmar que o aplicativo foi colocado no ar por um hacker e disse que o jornalista Rodrigo Menegat seria responsável pelo suposto crime cibernético. A realidade, no entanto, é bem diferente.
Especialista em jornalismo de dados do Estadão, Menegat apenas descobriu que o aplicativo recomendava o inexistente “tratamento precoce em qualquer situação”.
Isso ficou claro numa denúncia de 20 de janeiro deste ano, quando Menegat observou o código-fonte do TrateCov.
Mayra Pinheiro afirmou que foram tomadas “todas as providências legais” contra ele, como boletim de ocorrência, notificação à PF e solicitação de perícia forense.
Porém, o jornalista demonstrou que o código foi programado apenas para receitar o kit Covid:
“As únicas funções e objetos visíveis, além de coisas como os cálculos de idade e IMC do paciente, existem para exibir a indicação e posologia das seguintes drogas: ivermectina, cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina, sulfato de zinco, doxiciclina, zinco e dexametasona”.
Confira tuíte feito no dia 20/01/2021 por Menegat:
Após os ataques, o jornalista decidiu privar suas redes sociais por ser acusado de crime cibernético e afirmou que ficará “bastante satisfeito de mostrar para quem quiser como se usa o inspetor de elementos para acessar o código fonte de qualquer site no mundo”.
