A entrevista de João Santana ao Roda Viva teve o objetivo de fazer a equivalência entre Bolsonaro e Lula, entre o bolsonarismo e o petismo.
A alturas tantas, a jornalista Débora Bergamasco questionou se o “gabinete do ódio” não havia sido criado nos governos petistas, citando os “blogs sujos” que “destróem reputações”.
Ora.
Débora é autora da famosa matéria da Istoé retratando Dilma como uma megera louca. “As explosões nervosas da presidente”, era a chamada de capa.
O título era “Uma presidente fora de si”.
Em agosto de 2016, Dilma ganhou o direito de resposta na Justiça Cível de Brasília, em ação movida pela Advocacia Geral da União.
A Justiça condenou a IstoÉ a ceder o mesmo destaque, espaço, diagramação e publicidade do ataque, conforme o dispositivo da Lei 13.188/15.
“O direito de resposta é garantido constitucionalmente no art. 5º, V: ‘é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem’”, destacou a juíza Tatiana Dias da Silva, da 18ª Vara Cível de Brasília.
O fato do alvo da reportagem ser a presidente da República “não autoriza qualquer meio de comunicação a divulgar deliberadamente quaisquer informações escondendo-se sob o manto do direito de informação, uma vez que tal direito tem que ser guiado pela veracidade do conteúdo publicado”.
Havia a necessidade de observar o “direito público à informação verídica”.
“A ‘reportagem’ de capa desta revista me ofende, sem dúvida, por me atribuir comportamento que não condiz com minha atitude pessoal e meu temperamento. Insulta a figura institucional da Presidência da República”, disse Dilma.
“Estende a agressão a todas as mulheres brasileiras, guerreiras que, no seu dia a dia, enfrentam duras batalhas, muitas vezes em jornadas de trabalho duplicadas pela necessidade de cuidar da família e dos filhos, em busca de sua autonomia e de seu justo espaço na sociedade”.
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