Os jornalistas Eduardo Barretto, Joao Pedroso Campos e Athos Moura pediram demissão do portal Metrópoles em solidariedade ao ex-chefe Guilherme Amado, dispensado no último sábado (9) após uma postagem de um vídeo do canal ICL no portal.
Além do desligamento dos três, a jornalista Bruna Lima tirou férias. Amado saiu por suposta quebra de confiança, segundo a CEO Lilian Tahan. O contrato dele expiraria em março de 2025. Nas redes sociais, o ex-colunista anunciou sua saída com um tom de agradecimento, ressaltando sua admiração pelo Metrópoles e sua equipe.
Ele também destacou que sua atuação no ICL era pública, com participações ao vivo há quase três anos. “Toda a redação sabia disso, pois o ICL tem grande audiência”, afirmou. Ele diz que agora se dedicará a novos projetos, como a biografia de Gal Costa, que está escrevendo para a Cia. das Letras.
Guilherme Amado enviou uma nota para o DCM. “Por algum bug do site do Metrópoles, até hoje não explicado pelo site nem resolvido por dificuldades técnicas, foi publicado na quarta-feira (6/11) um vídeo de minha participação no ICL na véspera. Quando eu vi, imediatamente comuniquei a TI e solicitei a remoção, o que, por questões técnicas ainda não aconteceu. Estranhamente, a TI não encontrou nenhum vestígio dessa material no site. Solicitei a remoção porque não teria sentido publicar algo do ICL em outro veículo. Certamente trata-se se um erro de tecnologia e não de um lapso meu ou de minha equipe porque nenhum de nós sobe vídeos do ICL em nenhum lugar”, declarou.
“Minha equipe do Metrópoles porque trabalham para o Metrópoles e eu porque não operacionalizo nada no ICL. Minha participação lá se restringe a me conectar no horário combinado, fazer minha análise e desconectar. Não caberia cogitar, portanto, um descuido em uma tarefa que nunca realizo. Por fim, não fui demitido. Minha empresa presta serviços ao Metrópoles — forma de contratação que justamente me dá autonomia para eu ter essa independência e foi uma exigência minha ao deixar meu antigo veículo”.
“Meu contrato com o Metrópoles não previa exclusividade para nenhum veículo, pelo contrário: tinha liberdade para fazer TV, rádio, atuar em quaisquer meios ou canais. Não havia obrigação de avisar ou consultar o Metrópoles sobre a participação. Entretanto, afirmo que o Metrópoles foi comunicado, sim, das minhas participações no ICL. Em junho de 2023, numa reunião em que estava a chefia, eu e outra colega do Metrópoles, eu disse que estava no ICL. A chefia ouviu e seguimos no assunto da reunião, que era outro. Reforçando: havia uma testemunha de que a chefia tinha ciência. Portanto, nem no quesito contratual nem no ético houve quebra de confiança alguma”.
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