Jornalões tratam o extremista moderado com mesuras. Por Moisés Mendes

Atualizado em 3 de setembro de 2025 às 18:53
Tarcísio de Freitas, governador de SP. Foto: Pablo Jacob

Os jornalões se negam a informar que Tarcísio de Freitas foi a Brasília na terça-feira para dizer que está assumindo o lugar do chefe do golpe.

Com o projeto da anistia, com a afronta a Alexandre de Moraes e com um alerta a todos nós: o fascismo está vivo e ainda mais ameaçador.

Os jornalões têm medo de Tarcísio e o tratam com cuidadosas mesuras. A adesão ao projeto do novo bolsonarismo sem Bolsonaro será por temor, não por convicção.

O golpe foi retomado, na semana do começo do julgamento dos golpistas. A anistia pode não avançar, mas o que importa é mandar recados.

Tarcísio de Freitas está avisando, em combinação com as facções locais e com Trump: agora é tudo comigo.

Pode ser pior do que foi com Bolsonaro. Muito pior.

Manifestação do MTST em frente ao condomínio de Bolsonaro no Rio. Foto: reprodução

CALADA
Globo e Estadão já publicaram editoriais criticando a romaria do extremista moderado, em Brasília, pela anistia do chefe do golpe.

Os editoriais são melhores do que as abordagens com textos de repórteres dos jornais. O que é grave no jornalismo.

E a Folha? A Folha se reafirma como o jornal mais conectado com o herdeiro de Bolsonaro e fica na moita. Nenhuma linha.

O editorial principal da Folha hoje tem o seguinte título:

“Desaceleração do PIB é necessária neste momento”

O jornal defende que a economia cresça menos e produza menos renda e emprego, para que só assim o Banco Central possa reduzir os juros.

É um dos editoriais mais canalhas do ano.

QUEM É?
A situação se complica quando a esquerda não consegue fazer um boneco de Bolsonaro.

Esse aí está na frente do condomínio de Bolsonaro em Brasília. Coitado do Faustão.