Jovem Pan demite jagunços para se salvar. Por Altamiro Borges

Atualizado em 18 de janeiro de 2023 às 15:33
Os comentaristas Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e Zoe Martinez
Foto: Reprodução

Por Altamiro Borges

A Jovem Pan – também apelidada de Jovem Klan por suas posições de extrema-direita e por difundir fake news e estimular o ódio e a violência na sociedade – está desesperada. Neste final de semana, a emissora de rádio e televisão demitiu mais alguns dos seus famosos jagunços midiáticos. Entre eles, o pateta Rodrigo Constantino, o neto de ditador Paulo Figueiredo e a gusana anticubana Zoe Martinez.

Os três já tinham sido “afastados” na semana retrasada, conforme revelou o site NaTelinha. A medida diversionista foi tomada “por conta do processo que o Ministério Público Federal está movendo contra o canal. A instituição instaurou inquérito para apurar a má conduta da emissora”. O quadro se agravou com o apoio de seus jagunços aos atos de terrorismo bolsonarista em Brasília no fatídico 8 de janeiro.

Como a tentativa de abafar o caso não vingou, a Jovem Pan agora expele os hidrófobos comentaristas. Como enfatiza o site NaTelinha, “demitir nomes ligados ao bolsonarismo foi o segundo passo da Jovem Pan para tentar afastar a possibilidade de uma punição grave, como a perda da concessão”.

A renúncia do famigerado Tutinha

“O primeiro passo dado para evitar maiores problemas com o Ministério Público foi a renúncia de Antônio Augusto Amaral de Carvalho Pinto, o Tutinha. O empresário deixou a presidência da emissora um dia após o canal ser acusado de defender as manifestações golpistas ocorridas em Brasília”.

Segundo apurou o site, “nos bastidores da JP especula-se que esse movimento foi uma tentativa de blindar o grupo e a família Carvalho, que vem se envolvendo em diversas polêmicas relacionadas ao apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro”. Será que essas demissões e renúncias salvarão a Jovem Klan?

A cassação da concessão pública

O especialista em mídia Ricardo Feltrin garante no site UOL que a “autuação do Ministério Público Federal contra o Grupo Jovem Pan é o primeiro passo de uma longa investigação que, no extremo, poderá levar à cassação da concessão de rádio do grupo. Empresas privadas como o Google (dono do YouTube), onde a emissora replica seu conteúdo, também podem tomar medidas contra a emissora”.

A notificação do MPF foi entregue na segunda-feira passada (9) na sede do grupo, na Avenida Paulista. Assinada pelo procurador Yuri Corrêa da Luz, ela afirma que há inúmeras provas de que a emissora “espalhou fake news, excedeu suas liberdades de expressão e promoveu ações sistemáticas (…) que engendram desordem informacional ou de caos informativo, com potenciais efeitos danosos para compreensão da população”.

Texto publicado originalmente no Blog do Altamiro Borges

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link