A divulgação das cenas sem tarja do anestesista Giovanni Quintella estuprando uma mulher em trabalho de parto e fortemente sedadas em um hospital na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, custaram à emissora Jovem Pan protestos na internet e em sua porta, recebendo também uma queixa-crime na Justiça.
Isso teria acontecido durante o programa ”Jornal da Noite”, na última segunda-feira (11). Na denúncia, alega-se que o vídeo do crime “sem utilização de recurso que impossibilitasse a identificação da vítima e, até onde consta, sem sua autorização”.
Nesta síntese, a emissora pode ter realizado o crime de “divulgação de cena de estupro de vulnerável”, punido pelo Código Penal no artigo 218-C. A lei foi instaurada em 2018 e a pena varia de um a cinco anos, como é contado pelo colunista Fefito, do Uol.
Ainda no documento, consta que o fato da Jovem Pan ter tirado de seu site as imagens explícitas só confirma que eles não teriam autorização para divulgá-las daquela maneira. Na ação, que tem protocolo de número 038.0007.0001516/2022, a queixa-crime pede providências ao Ministério Público de São Paulo para investigar e, se preciso, formalizar denúncia contra a rádio.
Entretanto, nesta quarta-feira (13), a coluna da Uol descobriu que, até o momento, não houve punição alguma para os responsáveis pela exibição das imagens, encarado o caso como ”descuido”. Posto isso, um grupo de 50 mulheres protestou em frente à rádio.
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