Juiz bolsonarista que ataca Cid Gomes foi afastado do cargo por tentar mandar exército recolher urnas eletrônicas

Atualizado em 21 de fevereiro de 2020 às 16:28

PUBLICADO NO CAFEZINHO

A União Nacional dos Juízes Federais do Brasil (Unajuf), um site no blogpost, é um instrumento de proselitismo político de seu presidente, o juiz Eduardo Luiz Rocha Cubas.

http://unajuf.blogspot.com/p/diretoria.html

Rocha Cuba envolveu-se numa grande polêmica em 2018. Ele foi afastado do cargo pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) quando se descobriu que ele tinha planos para mandar as Forças Armadas recolher urnas eletrônicas.

Ele permaneceu afastado por alguns meses, até ser restituído ao cargo em março de 2019, por decisão de Marco Aurélio Mello.

Na ocasião, uma outra entidade representativa de juízes, a Ajufe, publicou nota repudiando a postura de Cuba e não escondeu o desprezo pela Unajuf, chamada de “inexpressiva”.

Trecho da nota da matéria do Conjur, descrevendo a nota da Ajufe:

Em nota, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) afirmou que repudia “qualquer comportamento violador da institucionalidade e das liberdades democráticas”, e que o juiz Eduardo Rocha Cubas, afastado por planejar mandar recolher urnas antes da eleição, não é associado da entidade.

O magistrado acusado é do Juizado Especial Federal Cível de Formosa (GO) e presidente da União Nacional dos Juízes Federais (Unajuf), que, segundo a Ajufe, não “representa e não fala pela magistratura federal brasileira” e tem um número “inexpressivo” de associados.

“A Ajufe, única entidade que representa nacionalmente a magistratura federal, acredita na atuação isenta e equilibrada do Conselho Nacional de Justiça para solucionar esse caso isolado que envolve um juiz federal”, afirmou a associação.

Importante destacar que a UNAJUF, cujo número de associados é inexpressivo, não representa e não fala pela magistratura federal brasileira.

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O presidente da Unajuf é um entusiasta da família Bolsonaro, e não se sabe como escapou, até o momento, de uma punição da corregedoria da CNJ por seus constantes vídeos (desde 2017, ao menos) ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro, aquele mesmo que afirmou que, para fechar o STF, bastava “um cabo e um soldado”.

Os vídeos são sempre postados na própria página de Eduardo Bolsonaro.