Juiz que barrou ação contra Bia Kicis na CCJ suspendeu posse de Lula na Casa Civil e chamou Dilma de bruxa

Atualizado em 4 de março de 2021 às 18:03
Bia Kicis e Daniel Silveira em protesto pelo voto impresso

A Justiça Federal negou pedido da deputada Fernanda Melchionna, do PSOL, contra a eleição da bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) como presidente da Comissão de Constituição e Justiça.

A CCJ é a mais importante da casa.

Fernanda solicitou em liminar que Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, se abstivesse de registrar a candidatura ou nomeá-la presidente do colegiado.

Bia, argumentou Menchionna, é “defensora inarredável de temas que afrontam diretamente o estado democrático de direito, o pluralismo político, os direitos e liberdades fundamentais, já tendo defendido em plenário pautas como a intervenção militar”.

É também investigada no inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal.

A quantidade de mentiras que essa senhora divulga nas redes sociais é gargantuesca.

No entanto, o juiz da 4ª Vara Federal Cível do DF, Itagiba Catta Preta Neto, entendeu que Fernanda Melchionna atacou a atuação “tipicamente parlamentar de uma representante do povo candango, legitimamente eleita”.

É “ilegítima a invasão” pelo Poder Judiciário. “Nem mesmo o povo, no caso pela via da Ação Popular, pode interferir nisso”, declarou.

Itagiba é conhecido.

Em 2016, ele suspendeu a nomeação de Lula para ministro-chefe da Casa Civil pouco depois da cerimônia realizada no Palácio do Planalto.

Já havia deferido uma liminar que restringiu a participação de profissionais estrangeiros de atuar no Mais Médicos.

Esteve em vários protestos pelo impeachment e recheou seu Facebook de fotos com a galera verde-amarela.

Nas redes, xingava Dilma com aquele repertório clássico da extrema-direita. 

Depois de flagrado, apagou tudo. Excesso de zelo. Todo mundo sabe de que lado está Itagiba.