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Juíza Gabriela Hardt mantém o pedido de transferência e deixará os casos da Lava Jato

Juíza da 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt. Foto: Reprodução

A juíza Gabriela Hardt apresentou um pedido de transferência da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, onde estava responsável pelos processos restantes da Operação Lava Jato. Ela assumiu como substituta do juiz Eduardo Appio, que foi afastado de suas funções durante um processo administrativo.

Gabriela solicitou a transferência para Florianópolis, e o requerimento ainda está aguardando análise pelo Conselho de Administração do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Caso o pedido seja aceito, um novo juiz será designado para lidar com os casos da Lava Jato que ainda estão em andamento na Justiça Federal do Paraná, totalizando cerca de 240 procedimentos penais.

Gabriela Hardt e Sergio Moro – Reprodução

O pedido de transferência de Gabriela foi feito antes de ela reassumir os casos da operação. Apesar de ainda ter a possibilidade de desistir da remoção, informações obtidas pelo Estadão indicam que ela manteve o pedido, e o prazo para desistência encerrou-se ontem.

Após retornar às atenções relacionadas à Lava Jato, Gabriela foi chamada para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados. Esse procedimento envolveu seu pai, o engenheiro Jorge Hardt Filho, que foi diagnosticado com Alzheimer. Além disso, a 13ª Vara Federal de Curitiba foi alvo de uma fiscalização inesperada.

Gabriela Hardt reassumiu temporariamente os processos remanescentes da Lava Jato após o afastamento do juiz Eduardo Appio. O TRF-4 iniciou uma investigação interna para apurar se Appio se passou por outra pessoa em uma ligação para o filho do desembargador Marcelo Malucelli, o advogado João Malucelli, que também é sócio do senador Sérgio Moro. Vale lembrar que a juíza já havia substituído Moro quando ele deixou a magistratura em 2018.

Existe a possibilidade, embora improvável, de Eduardo Appio reassumir a Vara de Curitiba. Ele recorreu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na tentativa de recuperar seu cargo. No entanto, especialistas consultados pelo Estadão acreditam que a reversão do afastamento é pouco provável, uma vez que o CNJ tem validado medidas preventivas em casos semelhantes.

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Fernando Miller

Fernando Miller, paulistano, advogado, palmeirense

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