Em sua diatribe contra Bolsonaro, cobrando dinheiro e apoio jurídico, Olavo de Carvalho citou o DCM.
Segundo o guru da Virgínia, nós fazemos parte de um “gabinete do ódio” dedicado a acabar com ele.
“Se você não é capaz de me defender contra essa gente toda, eu não quero sua amizade”, avisa Olavo ao presidente.
“Você não é meu amigo, não. Você simplesmente se aproveitou. E vem me dar condecoração. Enfia a condecoração no cu”.
Essa grande conspiração incluiria o DCM, Felipe Neto, Brasil 247, Henry Bugalho, Galãs Feios e a velha mídia.
“A linguagem é a mesma”, diz ele, delirante.
Os termos são os mesmos de Ciro Gomes. De acordo com Ciro, o DCM foi “criado” por Lula para lhe arrebentar.
Se nós fôssemos paranóicos como dessa dupla, poderíamos afirmar que Ciro e Olavo estão mancomunados.
No ano passado, o “filósofo” elogiou o pedetista.
“É o que eu disse: o Ciro nunca foi bom em planejar sua própria carreira política, mas às vezes faz análises muito acertadas. Só não sei se ele foi muito exato ao chamar o general [Mourão] de ‘jumento de carga’, pois até agora não vi carga nenhuma”, falou.
Ciro já devolveu os encômios de Olavo em diversas ocasiões.
Numa rede social, por exemplo, contou a um internauta que encontrou Olavo muitas vezes em palestras “por aí afora”.
“Acho o professor Olavo absolutamente respeitável. É um cara que sabe ler. Eu admiro e aprendo com gente que sabe ler”, relatou (assista no pé deste artigo).
Não acredito que os dois estejam combinados. Mas é revelador que concordem tanto.
A grande certeza que temos é de que, se Olavo e Ciro nos atacam dessa maneira, estamos no bom caminho.