Juros: BC desafia bravatas. E agora? Por Gilberto Maringoni

Atualizado em 22 de março de 2023 às 21:44
Lula e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Foto: Reprodução

 

O Banco Central manteve os juros a 13,75%. Óbvio. Claro. Percebeu que os reclamos e gritos oficiais não eram para valer. Bravatas para a plateia.

Em três oportunidades, a administração petista mostrou que não mordia:

A. Decidiu sequer pautar a elevação da meta de inflação na reunião do Conselho Monetário Nacional. A elevação seria um dos argumentos que poderiam justificar a queda da selic;

B. Desautorizou publicamente – com BB, com Caixa, com tudo – o ministro Carlos Lupi e o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) que decidiram reduzir as taxas para empréstimos consignados de 2,14% para 1,70% e

C. Nomeou para as diretorias do BC dois economistas neoliberais, um deles eleitor do Novo. Óbvio, são “técnicos”. Óbvio.

O mercado percebeu: o governo tem medo de usar os dentes.

Derrota de Lula, derrota de Haddad. E agora? Vão xingar mais o presidente do BC? Vai ser para valer? Vai colar?

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Gilberto Maringoni
Gilberto Maringoni, professor de Relações Internacionais da UFABC e candidato do PSOL ao governo de São Paulo, em 2014