Justiça concede liminar a Frei Chico contra ataques nas redes

Atualizado em 16 de outubro de 2025 às 19:26
Frei Chico ao lado de material de campanha do irmão, Lula. Foto: Reprodução

O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nesta quinta-feira (16) uma nota à imprensa após obter decisão favorável do Tribunal de Justiça de São Paulo contra acusações de ser investigado por supostas fraudes no INSS. A juíza Ana Luiza Madeiro Cruz Eserian concedeu tutela de urgência em favor do sindicalista.

Na decisão, a magistrada reconheceu o caráter ofensivo e difamatório das publicações e determinou a retirada imediata do conteúdo. Frei Chico afirmou que as acusações são falsas e que os ataques têm motivação política. “Reafirmo meu compromisso com a verdade, a justiça e o devido processo legal”, declarou.

O sindicalista, de 83 anos, destacou que não teme investigação, mas criticou o que chamou de “julgamento antecipado”, antes da apuração dos fatos. “É lamentável que parte da CPMI do INSS use esse processo como palco político, em vez de buscar a verdade”, afirmou.

Frei Chico lembrou que já enfrentou perseguições e tortura durante a ditadura militar e disse manter “respeito, serenidade e fé na justiça”. Ele defendeu que as instituições atuem com independência e que o Estado brasileiro siga comprometido com o Estado de Direito.

“O Brasil vive um Estado de Direito, onde a Presidência da República não interfere, e não deve interferir, nas investigações, e os órgãos de controle devem atuar com isenção”, afirmou. O sindicalista acrescentou que “julgar sem provas é negar a democracia”.

Confira na íntegra

Esclarecimento público e reafirmação do compromisso com a legalidade, a transparência e o respeito às instituições

O Tribunal de Justiça de São Paulo, por decisão da juíza Ana Luiza Madeiro Cruz Eserian, acatou meu pedido de tutela de urgência contra as acusações falsas e ofensivas que venho sofrendo nas redes sociais.

Reafirmo meu compromisso com a verdade, a justiça e o devido processo legal.
Não temo investigação, mas o que ocorre hoje é um julgamento antecipado, antes mesmo de os fatos serem apurados.

É lamentável que parte da CPMI do INSS use esse processo como palco político, em vez de buscar a verdade.
Aos 83 anos, já enfrentei perseguições, prisão e tortura, mas sigo com respeito, serenidade e fé na justiça.

O Brasil vive um Estado de Direito, onde a Presidência da República não interfere – e não deve interferir – nas investigações, e os órgãos de controle devem atuar com independência e isenção.

Julgar sem provas é negar a democracia.
Sigo de cabeça erguida e consciência tranquila, confiante na verdade e na força das instituições.