A Meta e Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, terão 48 horas para explicar por que o Instagram tem sugerido o uso de um emoji relacionado à campanha do coach. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) ainda pediu uma manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE) sobre o caso.
A decisão é assinada pelo juiz eleitoral Murillo D’Avila Vianna Cotrim e ocorre após ação da ativista e candidata a vereadora por São Paulo Amanda Paschoal (PSOL). Ela entrou com a ação após receber denúncias de que a plataforma estaria sugerindo um emoji com a letra “M” nos comentários de publicações de Guilherme Boulos (PSOL).
Ao abrir a aba de comentários da publicação, é possível ver, além da letra, a sugestão de emojis com os números 2 e 8, os mesmos usados pelo coach na disputa. As imagens também apareciam na seção de comentários de Tabata Amaral (PSB) e Ricardo Nunes (MDB).
“Esse comportamento foi registrado em diferentes dispositivos e perfis, o que indica um padrão na interação da plataforma com seus usuários”, diz a representação enviada à Justiça Eleitoral. O documento ainda diz que a sugestão dos emojis “configura uma possível violação da isonomia entre os candidatos” e pode “influenciar de maneira indevida a competição”.
Na ação, Amanda ainda sugere que o Instagram faça “as devidas correções” ou suspenda a funcionalidade de sugestão de emojis até o fim do período eleitoral. Ela ainda chama a prática de “propaganda” para o candidato do PRTB.
A candidata afirma que notificou a Meta no dia 29 de agosto para falar sobre o tema, mas a empresa não se manifestou e os emojis continuavam aparecendo.
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