Justiça manda redes sociais excluírem posts com laudo falso de Marçal contra Boulos

Atualizado em 5 de outubro de 2024 às 10:34
Os candidatos à Prefeitura de SP Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) – Foto: Reprodução

Neste sábado (5), o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo a exclusão imediata de vídeos publicados nas plataformas Instagram, TikTok e YouTube que faziam referência a um documento divulgado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) contra Guilherme Boulos (PSOL). A decisão afirma que há indícios de falsidade no documento, que foi usado para atacar o adversário.

O material divulgado por Marçal alegava que Boulos teria sido atendido em 2021 em uma clínica no Jabaquara, zona sul de São Paulo, durante um surto psicótico, e que um exame toxicológico teria apontado o uso de cocaína. O documento em questão, segundo o juiz, foi assinado por um médico já falecido e possui informações incorretas, reforçando a suspeita de falsificação.

Pablo Marçal, candidato da extrema-direita, apresentou um laudo falso para insinuar que Boulos seria usuário de drogas. Foto: reprodução

Na decisão, o juiz acolheu parcialmente o pedido de Boulos. Ele determinou a remoção dos vídeos das contas de Marçal, mas não autorizou a suspensão de todas as redes sociais do candidato do PRTB. “Incabível a almejada suspensão liminar de todas as redes sociais do requerido Pablo Marçal (…) em fase processual ainda inicial e em sede de representação por propaganda irregular”, declarou o magistrado.

As postagens já haviam sido removidas das redes sociais do candidato na noite de sexta-feira (4). Marçal, no entanto, reclamou na rede social Instagram, afirmando: “O Instagram removeu a minha publicação. Parabéns pela democracia de esquerda”. O print divulgado por Marçal mostra a mensagem “removemos sua publicação”, com a data de 5 de outubro, apesar de ter sido postado ainda na noite anterior, gerando contradições.

O juiz também determinou que Marçal apresente defesa em até 2 dias. O caso envolve a suspeita de uso de documento falso para prejudicar a imagem de Boulos, envolvendo o dono da clínica que teria emitido o prontuário. A decisão é parte de uma representação que pede a remoção do conteúdo das redes sociais.

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