Justiça nega indenização a militar que foi preso por criticar Bolsonaro

Atualizado em 24 de maio de 2022 às 17:06
Justiça nega indenização a militar
O terceiro sargento da Marinha, Michel Uchiha
Foto: Reprodução

O terceiro sargento da Marinha Michel Uchiha, de 31 anos, teve o pedido de indenização negado pela Justiça Federal. O militar pleiteava R$ 60 mil em danos morais após ser mantido em prisão disciplinar durante um dia por criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em março do ano passado, no Rio de Janeiro, segundo o O Globo.

Ele alegava ter sofrido perseguição de militares superiores após ter criticado a família de Bolsonaro na internet. O juiz Marco Critsinelis, do 3º Juizado Especial Federal, porém, não encontrou provas de que o movimento tenha acontecido.

Uchiha foi punido sob a acusação de ter mentido num procedimento que investigava se ele havia transgredido regras militares ao cobrar explicações por meio das redes sociais sobre os R$ 89 mil repassados, em cheques, a Michelle Bolsonaro, antes de ela se tornar primeira-dama. As transferências foram feitas por Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro e protagonista no caso das “rachadinhas”.

O militar conseguiu ser liberado da punição após entrar com um habeas corpus. Em dezembro do ano passado, o TRF-2 reconheceu que ele foi preso em processo irregular, sem direito à ampla defesa ou provas de que teria mentido no procedimento.

A União desistiu de recorrer da causa e a defesa de Uchiha usou o processo ganho para pedir que ele recebesse uma indenização, fosse transferido para outra lotação e reavaliado em uma análise institucional na qual teria sido prejudicado pelos perseguidores. Ainda cabe recurso da decisão.

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