Justiça vê “grau máximo” de risco de fuga e mantém Carla Zambelli presa na Itália

Atualizado em 28 de agosto de 2025 às 9:11
Carla Zambelli no início da sessão no Tribunal de Apelações de Roma, em 27 de agosto de 2025 – Foto: Reprodução

Carla Zambelli (PL-SP) continuará presa na Itália após decisão da Corte de Apelação nesta quinta-feira (28). O tribunal considerou existir o “grau máximo” de perigo de fuga caso a deputada bolsonarista fosse liberada, o que motivou a manutenção da prisão. A medida foi anunciada após audiência realizada com três juízes no país europeu.

No processo, foram analisados laudos médicos apresentados pela defesa da parlamentar. Os magistrados concluíram que Zambelli tem condições de permanecer sob custódia. Segundo o documento, o perito destacou que a equipe da unidade prisional garante “a administração correta de terapias farmacológicas, o monitoramento básico e especializado constante da saúde e a administração correta e consistente das terapias estabelecidas”.

O caso também envolve o pedido de extradição feito pelo Brasil. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, formalizou a solicitação, já que a deputada foi condenada duas vezes pela Corte.

Alexandre de Moraes sério, sentado
Alexandre de Moraes, ministro do STF – Foto: Reprodução

O processo está em análise pela Justiça italiana, que decidirá se autoriza ou não o retorno da parlamentar ao Brasil.

A defesa tentou que Zambelli aguardasse a decisão em liberdade, mas o pleito foi negado. Assim, ela permanecerá presa até que seja definida sua situação no processo de extradição. Segundo a Corte, não há motivos para alterar a medida diante do risco elevado apontado no julgamento.

Durante audiência, o advogado da deputada afirmou que o responsável pela perícia médica falou brevemente e concluiu que “Zambelli pode continuar em cárcere, não teve porque, como ou onde”.

A defesa contestou a avaliação, alegando falta de clareza nos argumentos apresentados pelas autoridades italianas.