
A contribuição da comunidade latina para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos atinge atualmente 3,6 trilhões de dólares. “Se os latinos nesse país fossem uma nação independente, seriam a quinta maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (no total), China, Japão e Alemanha”, afirmou Ana Teresa Ramírez, diretora da Latino Donor Collaborative.
Um estudo desse organismo, dedicado a pesquisas sobre a comunidade latina nos Estados Unidos, aponta que, com 37 milhões de pessoas, esse grupo populacional é o segundo maior no país (sendo 60% de origem mexicana), ficando atrás apenas da maioria anglo-saxônica. Contrariando a narrativa difundida sobre imigração irregular, 80% dos latinos são cidadãos estadunidenses, e a maioria dos que não possuem cidadania conta com autorização de residência.
Com base em dados dos Departamentos de Estado e Trabalho dos EUA, “os latinos fundam mais de 50% de todos os novos negócios nos Estados Unidos; isso reflete o espírito imigrante, de aventura e de assumir riscos”. Esse grupo apresenta um ritmo maior de presença econômica do que outros. “Outro dado impressionante do Departamento de Comércio é que os latinos, devido ao crescimento geracional tão forte, são responsáveis por 49,5% das aquisições de novas casas”, explicou Ramírez.
As projeções do Departamento de Trabalho indicam que 78% da nova força de trabalho nos próximos 10 anos será latina. “Quando falamos de deportações nos Estados Unidos, simplesmente não faz sentido”, destacou Ramírez. Além disso, o crescimento da comunidade é acelerado: “Não apenas somos enormes, mas ficaremos cada vez maiores”.
Outros dados sobre a inserção latina no país: “oito em cada 10 latinos falam inglês; 93% dos jovens latinos nasceram nos Estados Unidos; e a juventude dessa comunidade se destaca entre outros grupos raciais, com a idade mais comum sendo 12 anos, em comparação com 58 anos entre não latinos.”

Contribuição à tecnologia
Ao destacar o impacto da comunidade latina, a pesquisadora afirmou: se fossem considerados uma economia, seriam maiores do que as de Rússia, França, Inglaterra ou Brasil. “Se os latinos nos Estados Unidos fossem uma economia, seriam a terceira que mais cresce no mundo, atrás apenas da China e da Índia.”
Ramírez destacou que, ao contrário de ideias preconcebidas, a contribuição dos imigrantes latinos vai além das indústrias agrícolas, de construção civil ou de serviços.
“O crescimento atual não vem apenas dessas áreas; vem da tecnologia. Temos um estudo que mostra que o maior crescimento dentro da indústria tecnológica vem de nossa comunidade. Ainda estamos em 8%, mas avançamos rapidamente.”
Segundo a Organização de Engenheiros Latinos nos EUA, 4% dos estudantes de engenharia eram latinos em 2010. Em 2021, esse número subiu para 16%. “A percepção e a realidade são completamente diferentes”, concluiu Ramírez.
Para cada dólar enviado em remessas, mexicanos destinam cinco para pagar impostos e serviços nos EUA.
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