Publicado no Tijolaço
Virou ironia que Deltan Dallagnol e os procuradores da Lava Jato reclamem da origem ilícita que tiveram os diálogos de seus aplicativos de mensagens com o que se revelou agora, na comunicação feita pela defesa do ex-presidente Lula sobre mais uma “leva” de conversas colhidas a partir do material hackeado coletado pela Operação Spoofing.
Vai muito além do que qualquer pessoa possa ter imaginado, envolvendo até discussões sobre a possibilidade de instalação de um vírus para permitir acesso remoto – e não autorizado – a contas de e-mail hospedadas em servidores no exterior, para uso da polícia federal norte-americana, o que, obviamente, era ilegal.
Já se sabia muito – veja aqui a reportagem da Agência Pública.
Os documentos mostram que a cooperação do autoridades estrangeiras ou não segui a o trâmite local ou, propositalmente, fugia dele para constituir uma verdadeira conspiração com agentes do exterior para levar ao pagamento de indenizações milionária que fariam – se o ministro Alexandre de Moraes não o houvesse barrado – os procuradores chefiados por Deltan Dallagnol manipularem milhões de dólares em patrocínios e “ações sociais” sem nenhum controle senão o de seus próprios desígnios.
Em suma, uma conspiração absolutamente ilegal, para dar aos procuradores da Lava Jato o acesso direto às provas colhidas e a desaparecer com aquelas que pudessem respaldar
A transcrição das conversas revela um mar de irregularidades, desde a coação a delatores – com a chocante afirmação de que a OAS teria de “mijar sangue” para conseguir as vantagens de um acordo de delação – quanto de supressão de trechos de diálogos captados por escutas que comprovariam que o tríplex do Guarujá estaria sendo empurrado, sem sucesso, a D. Marisa Letícia como “facilitado” pelas cotas que ela possuía legalmente no condomínio.
Nada, porém, é tão grave quanto o fato de que nosso sistema judicial ter se tornado linha auxiliar de interesses norte-americanos, contornando secretamente os mecanismos de cooperação judicial normais para criar uma estrutura de espionagem estrangeira sobre processos legais, aqui e lá fora, sumários e suspeitos.
Os hackers de Araraquara são nada perto dos que se prestaram os agentes do Estado Brasileiro quando se dispuseram a ser os “hackers do FBI”.
Tornaram-se agentes de um Estado estrangeiro, fora da lei da qual lhes cabia fiscalizar o cumprimento.
Além de bandidos, traidores da pátria.
O argumento usado pelo Presidente Lula e por alguns ministros sobre a não instalação da…
Ayrton Senna, que morreu há 30 anos em um acidente na Fórmula 1, revelou em…
O governador bolsonarista de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), recorreu a deputados do PT para…
O projeto que propõe a privatização da Sabesp em São Paulo foi aprovado na noite…
Associação Brasileira de Mídia Digital (ABMD) participou de evento paralelo do G20 sobre integridade da…
O ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou nesta quinta-feira (2) que o Rio Grande do…