Le Monde chama Manuela d’Ávila de “esperança da esquerda”

Atualizado em 14 de novembro de 2020 às 11:44
Manuela D’Ávila. Foto: Reprodução/YouTube

Manuela d’Ávila foi perfilada no Le Monde:

Jovial, a candidata de esquerda a prefeita de Porto Alegre instala-se em seu gabinete e tira a máscara, revelando um largo sorriso.

Com esta estranha campanha realizada principalmente nas redes sociais (a Covid-19 obriga), diz que “estamos poupando muito tempo! É muito útil. Evitamos todos os eventos desnecessários!”

Aos 39 anos, a jovem tem motivos para se entusiasmar: todas as pesquisas lhe dão a liderança, com 27% dos votos no primeiro turno e vitoriosa no segundo, muito à frente de seus adversários de direita e de centro.

Comunista, feminista, comprometida com os direitos humanos e as minorias, Manuela encarna a juventude e as esperanças da esquerda da capital gaúcha, ao contrário de Jair Bolsonaro e da extrema direita no poder.

“Manu” (seu apelido) está longe de ser uma novata na política, entretanto. No mundo comunista, seria até mais um apparatchik: já candidata (sem sucesso) duas vezes a prefeita de Porto Alegre, Manuela foi eleita em 2004, aos 23 anos, vereadora (a mais jovem da história da cidade), deputada federal (2007-2015) e estadual (2015-2019). (…)

Durante a campanha presidencial, Manu ganhou uma aura nacional, mas se tornou um alvo.

A extrema direita está despejando torrentes de insultos misóginos online contra a jovem feminista. “A coisa mais importante que aprendi nesta campanha é permanecer quem sou”, diz ela.