
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já discutiu com o jornalista André Trigueiro após ser responsabilizado pela crise climática no estado em setembro do ano passado.
Na ocasião, o jornalista da GloboNews afirmou que ficou “surpreso” com a declaração do governador. Ao ser questionado sobre as previsões meteorológicas após a passagem de um ciclone pelo estado, Leite disse que os modelos matemáticos previram as chuvas, mas não o volume de 30 milímetros em diversas bacias hidrográficas.
Em seguida, Trigueiro destacou que o mesmo discurso é utilizado por outros políticos em episódios semelhantes. Leite, por sua vez, afirmou que o jornalista mostrou “falta de empatia” com a tragédia no estado gaúcho.
“É o teu papel como comentarista fazer a cobrança, mas estamos fazendo o trabalho para salvar as vidas dessas pessoas, e não apenas fazer críticas e apontar e dizer e falar para um e para outro. Estamos fazendo todo um esforço de transição energética, mas a gente não aperta um botão e resolve as coisas da noite para o dia”, disse o governador na época.
De acordo com dados do Portal da Transparência do Rio Grande do Sul, a Prefeitura de Porto Alegre não investiu um real sequer em prevenção a enchentes em 2023.
O item orçamentário designado para “melhoria no sistema contra cheias” recebeu nenhum recurso no ano passado, após desembolsos de R$ 1.788,882,48 em 2021 e R$ 141.921,72 em 2022.
Segundo a Defesa Civil, 95 pessoas morreram e 131 estão desaparecidos. Dos 497 municípios gaúchos, 401 cidades foram afetadas pelas fortes chuvas que atingem o estado.