Lewandowski deve manter comando da PF a pedido de Lula

Atualizado em 13 de janeiro de 2024 às 9:41
Presidente Lula e ministro Lewandowski. Foto: reprodução

O próximo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, indicado pelo presidente Lula (PT), não deve retirar o delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues da direção da Polícia Federal ao assumir o cargo em fevereiro, seguindo o desejo do presidente. A escolha parece respaldada pela confiança de Lula no trabalho de Andrei, que chefiou sua segurança pessoal durante a campanha de 2022.

Segundo o Uol, Lula expressou ao futuro ministro sua satisfação com a atuação da PF e a confiança no delegado Andrei. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) teria respondido sem restrições quanto à permanência de Andrei na direção da PF.

Ao assumir o cargo, espera-se que Lewandowski promova mudanças internas, trazendo nomes de sua confiança, como Manoel Carlos, seu ex-secretário-geral no STF, que deve ocupar a posição de número dois na pasta. Há também a expectativa de que ele mantenha Antônio Fernando Oliveira na direção-geral da PRF.

Lewandowski e Andrei devem ter uma conversa nos próximos dias para formalizar a decisão de manutenção no cargo. A gestão da PF é vista como um ponto forte, especialmente após o presidente avaliar que Passos desempenhou papel determinante para afastar ameaças golpistas, tanto dentro quanto fora da corporação, especialmente após o 8 de janeiro.

O argumento apresentado é que “time que está ganhando não se mexe”. Andrei, funcionário de carreira, é reconhecido por seu estilo proativo, porém discreto, uma característica que agrada ao presidente, conhecido por criticar ações que remetam à Operação Lava-Jato.

Delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Até o momento, Lewandowski não mostrou resistência ou interesse em realizar a troca. No entanto, pessoas próximas alertam que isso pode mudar à medida que o trabalho efetivamente começar.

A autonomia concedida por Lula a Lewandowski é evidente, e o novo ministro já mencionou a importância de formar uma equipe de confiança, citando Manoel Carlos, seu antigo auxiliar. Lula também enfatizou a autonomia de seus ministros ao anunciar o ex-juiz do STF, destacando que deseja que cada titular de ministério forme sua própria equipe.

Embora Lewandowski assuma apenas em 1º de fevereiro, mudanças já estão em curso. Algumas nomeações partidárias devem ser reduzidas, e servidores podem ser dispensados ou remanejados.

O atual secretário-executivo, Ricardo Cappelli, próximo ao então ministro Flávio Dino, manifestou que não se demitirá, mas também não aceitará um “rebaixamento”, e outros ajustes devem ocorrer durante a transição de governo.

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