Ricardo Lewandowski afirmou que se houve um defeito nas urnas durante a eleição, como alega o PL, os resultados do primeiro turno também teriam que ser anulados. Vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele afirma que “se confirmada a tese do PL, teria que anular toda a eleição”. Ou seja, também teriam de ser revistos os resultados para senador, deputado federal e governador em todo o país.
“O ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para eles emendarem a inicial. Concordo. Se o defeito está nas urnas, está tanto no primeiro quanto no segundo turno. Se alegar defeito e colocar em xeque toda a votação no segundo turno, evidentemente esse defeito estaria no primeiro turno e aí teria que anular toda a eleição para senador, deputado, governador”, disse o magistrado ao chegar no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta (23).
Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, entraram com uma ação no TSE nesta terça (22) pedindo a anulação de votos feitos em alguns modelos de urnas eletrônicas. Segundo um relatório usado para embasar o documento, houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” nos aparelhos e o chefe do Executivo teria conseguido 51% dos votos na segunda etapa.
A ação do partido pede ao PL para que os votos registrados em 279 mil urnas sejam anulados, ou seja, 59% do total. O documento, entretanto, não pede para que sejam revistos os resultados do primeiro turno, quando a sigla elegeu 99 deputados federais, conseguindo a maior bancada da Câmara.