O Ministério da Justiça está prestes a receber uma nova nomeação, com expectativas de que Ricardo Lewandowski seja anunciado como o próximo ministro. Fontes nos bastidores indicam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tomou a decisão de escolhê-lo para suceder Flávio Dino, que assumirá uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo mês, e que o jurista informou que aceitará o convite.
O anúncio aguarda apenas uma última conversa entre Lula e Lewandowski, programada para ocorrer ainda nesta segunda-feira (8). O local da reunião, seja no Palácio do Planalto ou no Alvorada, permanece indefinido.
De acordo com informantes do jornal O Globo, Lewandowski indicou sua disposição em aceitar o cargo de ministro da Justiça, caso seja formalmente convidado. No entanto, oficialmente, o ex-ministro do STF tem negado as especulações em torno de seu nome.
Na sexta-feira (5), Lula se reuniu também com o secretário Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Wellington César Lima, que emerge como uma alternativa na disputa. César Lima conta com o apoio da “ala baiana” do governo, liderada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), e pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Mais cedo, o Metrópoles revelou que Lula disse a seus auxiliares no Planalto que pretende indicar Ricardo Lewandowski ao Ministério da Justiça. Conforme os relatos, o petista planeja anunciar o novo titular da pasta ainda esta semana. Durante o fim de semana, o presidente conversou com Dino sobre o assunto.
A expectativa é que Dino permaneça no cargo apenas até esta semana. Após sua saída, ele retomará seu posto como senador até sua posse como ministro do STF, marcada para 22 de fevereiro.
O Ministério da Justiça, por ser uma posição estratégica no Executivo, desempenha um papel importante na articulação entre os poderes.
Vale destacar que Lewandowski possui experiência em projetos relacionados ao sistema prisional, audiência de custódia, saúde carcerária e sistema de execução unificada, desenvolvidos durante sua presidência no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).