Líder do Hamas foi morto por bomba escondida em base militar, revela investigação

Atualizado em 1 de agosto de 2024 às 13:41
Ismail Haniyeh, chefe do Hamas. Foto: Divulgação

Ismail Haniyeh, líder do grupo extremista Hamas, foi morto na quarta-feira (31/07) em uma explosão em uma base militar no norte de Teerã. Segundo a investigação, a bomba que o matou foi plantada secretamente na residência militar onde ele estava hospedado.

O explosivo teria sido implantada há dois meses e detonado ontem pela manhã. O guarda-costas de Haniyeh também morreu no ataque. A morte do ex-líder gerou acusações entre diferentes países do Oriente Médio. Irã e Hamas, entre outros, culparam Israel pelo ataque, embora o governo israelense não tenha se pronunciado sobre o incidente.

Inicialmente, a imprensa estatal iraniana reportou que a morte de Haniyeh ocorreu devido a um ataque aéreo. No entanto, fontes ouvidas pelo “The New York Times” afirmam que as autoridades do país já sabiam que a causa real foi a explosão de uma bomba, mas optaram por não divulgar a informação para não mostrar fragilidade na segurança do país.

Líder supremo do Irã, Imam Khamenei, junto ao líder do Hamas, Ismail Haniyeh. Foto: Divulgação

O comandante do Hamas estava no Irã para a posse do presidente Masoud Pezeshkian, evento que também contou com a presença de autoridades mundiais, incluindo o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin. O Irã é um dos principais apoiadores do Hamas, fornecendo financiamento e armas ao grupo.

Até o momento, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. Israel, que havia prometido matar Haniyeh e outros líderes do Hamas após um ataque do grupo em 7 de outubro, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de cerca de 250 reféns, não comentou o caso. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mencionou apenas que seu país deu “golpes esmagadores” em aliados do Irã.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou Israel pelo ataque e prometeu vingança. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, criticou a ação, afirmando que o Irã “defenderá sua integridade territorial” e que “Israel se arrependerá pelo assassinato covarde”.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link
Guilherme Arandas
Guilherme Arandas, 27 anos, atua como redator no DCM desde 2023. É bacharel em Jornalismo e está cursando pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Grande entusiasta de cultura pop, tem uma gata chamada Lilly e frequentemente está estressado pelo Corinthians.