Líder do movimento negacionista em São Paulo, cidadã de bem, advogada bolsonarista foi internada com coronavírus

Atualizado em 12 de maio de 2020 às 8:35

A mulher que aparece neste vídeo convocando para atos em frente quartéis é Luiza Raiol, que se apresenta na rede como advogada-patriota-ativista.

Ele está internada com coronavírus e teria até passado pela UTI.

Neste vídeo, Luiza Raiol defende a intervenção militar com Jair Bolsonaro no comando (um autogolpe). Em outra postagem, ela aparece nos primeiros protestos contra João Doria em São Paulo pelo fim da quarentena.

Está ao lado de Douglas Garcia, que chefia o gabinete do ódio na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Outro parceiro do movimento é o denunciado Antonio Carlos Bronzeri, que ameaçou o ministro do STF Alexandre de Moraes, em ato organizado em frente à casa dele.

Já indiciado por ameaça e ofensa à honra — e à espera da decisão da Justiça sobre a denúncia do Ministério Público –, Bronzeri apareceu em um vídeo em que, gritando, dizia que o vírus era invenção da imprensa, uma farsa e que não passava de uma gripe.

Luiza ficou do dia 5 de maio ao dia 11 sem fazer nenhuma postagem na rede. Ontem, reapareceu com duas postagens, e uma das suas seguidoras queria saber sobre seu estado de saúde, e pediu que conversassem pelo WhatsApp, para que o assunto não ficasse público.

Em grupos bolsonaristas no WhatsApp, a internação da Dra. Luíza, como é chamada, é assunto recorrente, mas com a preocupação de que não se torne público, para não desmoralizar os negacionistas da pandemia.

Abaixo, o vídeo em que ela se manifesta contra Doria por conta das medidas adotadas para manter o isolamento social, caminho recomendado por autoridades de saúde no mundo interior, inclusive pela OMS.

Em seu perfil no Facebook, a foto de capa é dela ao lado de uma Bíblia.