Líder dos caminhoneiros nega paralisação de Bolsonaro e o agro após proibições de Moraes

Atualizado em 23 de julho de 2025 às 10:47
Wallace Landim, conhecido como Chorão e presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) – Foto: Reprodução

Wallace Landim, conhecido como Chorão e presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), negou qualquer paralisação dos caminhoneiros em apoio a Jair Bolsonaro (PL).

A declaração veio após especulações de que a categoria poderia se mobilizar politicamente em reação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, que proibiu Bolsonaro de conceder entrevistas. “Eu não vou deixar usarem a categoria como massa de manobra”, afirmou Chorão.

A oposição no Congresso criou uma Comissão Temporária de Mobilização Externa para apoiar o ex-chefe de Estado, liderada pelos deputados Zé Trovão e Rodolfo Nogueira. Ambos têm histórico de articulação com o setor agropecuário e com lideranças dos caminhoneiros, o que intensificou os rumores sobre uma possível movimentação nacional.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, não descartou uma paralisação em apoio ao ex-presidente durante entrevista na segunda-feira (21). Segundo ele, o movimento pode ser construído com apoio de parlamentares da oposição. Apesar disso, nenhuma convocação formal foi feita até o momento por entidades representativas dos caminhoneiros.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante – Foto: Reprodução

Separadamente, representantes da categoria discutem a possibilidade de uma paralisação contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, conforme anunciado pelo governo de Donald Trump.

Esse debate, no entanto, é tratado como pauta econômica, e não política. “Como brasileiro, eu estaria nas ruas, mas como líder da categoria, não posso tomar uma decisão política”, reforçou Chorão.