Publicado originalmente no blog do autor
Por Moisés Mendes
Patricia Bullrich, uma das líderes da direita argentina, está com Covid-19. Foi ministra da Previdência de Mauricio Macri e preside o Pro, o Proposta Republicana, partido do ex-presidente.
Mas a notícia não existiria com tanto alarde nas capas dos jornais argentinos se Patricia não fosse uma das líderes do movimento contra a quarentena.
Foi ela quem puxou as passeatas do domingo 17 de agosto contra o isolamento social imposto pelo governo de Alberto Fernández. O argumento sempre foi este: a quarentena e o uso de máscara afrontam as liberdades.
Com um detalhe: no dia 17, Patricia incentivou as pessoas a saírem às ruas, mas percorreu Buenos Aires dentro de um carro. Desceu apenas uma vez, sem máscara, e foi cercada pelas pessoas.
Na linha do bolsonarismo, a direita argentina de Macri e Patricia caminha para a extrema direita. A ex-ministra é uma das mais radicais nos ataques ao governo.
Patricia vem dizendo o seguinte: “O vírus e a quarentena são uma invenção para que eles (o kirchnerismo) instalem uma ditadura socialista na Argentina”.
A líder da direita é uma espécie de Damares argentina, até na aparência.
Abaixo, o link do vídeo em que ela anuncia que está infectada: