Lindbergh defende Lula após Folha dizer que ele “sabota o país”

Atualizado em 28 de outubro de 2023 às 16:10
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Sérgio Lima

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou neste sábado (28) um editorial da Folha de S.Paulo que acusa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “sabotar o país”. A publicação ocorre após o petista afirmar que o Brasil não precisa de meta fiscal zero.

“O que a gente tiver que fazer para cumprir a meta fiscal nós vamos fazer. O que posso dizer é que ela não precisa ser zero. O Brasil não precisa disso. Não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo cortes de bilhões nas obras que são prioritárias”, declarou o presidente durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

Segundo o editorial, Lula “cria problemas e força alta dos juros”. “O presidente parece se comportar como um prefeito desinformado ou um deputado paroquial, para quem governar é inaugurar obras, sem se importar com consequências”, disse o texto.

“Ademais, ainda não parece ter aprendido o efeito pernicioso desse tipo de declaração: o governo e país pagarão juros mais altos; a confiança econômica diminuirá”, acrescentou.

A Folha argumentou ainda que o petista “não está propondo um programa econômico controverso, está sabotando o próprio governo”.

Deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). Foto: Pedro França/Agência Senado

Em publicação no X (antigo Twitter), Lindbergh disse que “manter o déficit zero levaria o governo a fazer um contingenciamento brutal no orçamento de 2024”.

“A Folha diz em editorial que Lula sabota o país por não defender o déficit primário zero em 2024. Não me enganam. Eles querem jogar o governo Lula e o Brasil numa enorme crise. Manter o déficit zero levaria o governo a fazer um contingenciamento brutal no orçamento de 2024, paralisando o PAC e desacelerando ainda mais a economia, que já sofre com os efeitos da política monetária restritiva do BC [Banco Central]”, afirmou o parlamentar.

“Por que o governo não pode alterar a partir da constatação de que houve uma piora no cenário previsto da arrecadação? O próprio mercado prevê um déficit de -0,8. Por que o governo manteria uma meta irreal? Qual o sentido?”, questionou Lindbergh.

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