Lindbergh projeta mais de 400 votos pela isenção do IR até R$ 5 mil

Atualizado em 30 de setembro de 2025 às 20:52
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), segurando papel, falando em microfone, sério, sem olhar para a câmera
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) – Divulgação

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou nesta terça-feira (30) que a Casa deve aprovar o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês. Segundo ele, a votação marcada para amanhã pode contar com mais de 400 votos favoráveis.

Lindbergh destacou que a oposição, especialmente o PL, deve tentar aprovar destaques para alterar o texto, incluindo a ampliação da faixa de isenção até R$ 10 mil e a retirada da cobrança progressiva para rendas acima de R$ 50 mil. “Nada disso passará, é inconstitucional”, disse, lembrando que há decisões do Supremo Tribunal Federal sobre o tema.

O relator da proposta, Arthur Lira (PP-AL), também sinalizou que não pretende acatar emendas que modifiquem o conteúdo principal do projeto, aprovado na comissão especial. Segundo ele, a legislação não pode criar benefícios sem prever a compensação devida, como estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O deputado Arthur Lira, ex-presidente da Câmara. Foto: reprodução

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), reforçou a expectativa de vitória. De acordo com ele, o projeto deve ser aprovado sem alterações que fragilizem a arrecadação. No Ministério da Fazenda, assessores do ministro Fernando Haddad classificam a matéria como a mais importante do ano para a equipe econômica.

Lira esteve nesta terça-feira com a Frente Parlamentar da Agropecuária, que sugeriu exceções para categorias de profissionais liberais. Apesar da pressão, a sinalização é de que não haverá mudanças substanciais no texto encaminhado pelo governo e debatido no Congresso.

O projeto prevê isenção total para salários até R$ 5 mil, desconto parcial até R$ 7.350 e cobrança progressiva sobre a alta renda. A taxação chega a 10% para ganhos anuais acima de R$ 1,2 milhão.