O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), bateu o martelo e informa, após algumas falas desencontradas de outros atores ao longo da semana sobre ser ou parte do governo, que as bancadas dos partidos Republicanos e Progressistas na Casa gora são parte da base de apoio ao governo do presidente Lula. A decisão veio após um acordo em que o presidente cedeu dois ministérios aos partidos.
Lira contou que está havendo uma aproximação entre os partidos do centro e o governo Lula. Segundo ele, quando um líder de um partido na Câmara é alçado ao cargo de ministro, há uma tendência natural desse partido em integrar a base de apoio do governo. Lira também falou sobre as negociações em andamento da Caixa Econômica com o governo e admitiu que participará das indicações de 12 cargos de vice-presidência da instituição.
Apesar de Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, dizer ser oposição ao governo, Lira afirma que o partido na Câmara está integrado à base de Lula. O presidente da Câmara não acredita que todos os 49 deputados do PP votem a favor dos interesses do governo, mas considera sólida a base de apoio estabelecida dentro do partido.
Foto: Michel Jesus/Câmara dos DeputadosTquem
Com a entrada dos dois partidos de centro no apoio ao governo, Lira crê que a base de Lula na Câmara esteja entre 340 e 350 votos, cerca de 2/3 dos votos totais da Casa. O número é mais do que o necessário para aprovação de novas PECs (Propostas de Emenda à Constituição), que precisam de 308 votos para serem assentidas.
Arthur Lira não concorda que as negociações com o governo sejam movimentadas por interesses e entende que essa divisão dos ministérios foi idealizada pelo próprio Governo Lula. O presidente da Câmara conta que esse tipo de acordo é idêntico ao realizado por Lula no início do governo, que deu ministérios ao MDB, PSD e União Brasil.