“Lista suja” do trabalho escravo inclui 248 empregadores e bate recorde; veja nomes

Atualizado em 5 de abril de 2024 às 20:01
Homens resgatados em condições análogas à de escravo. Foto: Divulgação/Ministério do Trabalho

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou 248 nomes de pessoas físicas e jurídicas que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. Com os novos nomes, a lista suja do trabalho escravo, que é atualizada semestralmente, conta atualmente com 654 empregadores.

O recorde de inclusões de nome foi registrado na edição anterior da lista, quando foram adicionados 204 novos nomes de empregadores.

A lista é feita pela Secretária de Inspeção do Trabalho, que usa dados obtidos por ações fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão realizadas por auditores fiscais da pasta ou integrantes de órgãos como Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e outras forças policiais.

Página da lista suja do trabalho escravo divulgada pelo Ministério do Trabalho. Foto: Reprodução

O nome de pessoas físicas ou jurídicas só é incluído na lista após a conclusão de um processo administrativo que julga os casos e gera uma decisão administrativa irrecorrível de procedência. Os empregadores listados permanecem por 2 anos no documento e 50 deles foram apagados dos dados divulgados pela pasta nesta sexta.

O documento mostra que a atividade econômica com mais empregadores inclusos na lista é o trabalho doméstico, com 43 nomes. Na sequência, aparecem cultivo de café (27), criação de bovinos (22), produção de carvão (16) e construção civil (12).

A iniciativa existe desde 2004, sofreu impasses nos governos dos ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro, e chegou a ser suspensa entre 2014 e 2016. Na ocasião, a lista foi mantida após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a constitucionalidade do documento.

Veja a lista de empregadores aqui.

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