Live da Tarde: Bolsonaro irrita parentes de petista assassinado; anestesista é investigado por 6 abusos

Atualizado em 13 de julho de 2022 às 17:17
Live da Tarde
Live da Tarde: Bolsonaro irrita parentes de petista assassinado; anestesista é investigado por 6 abusos
Foto: Reprodução/DCMTV/YouTube

Petista assassinado é assunto. AO VIVO. Pedro Zambarda analisa as últimas notícias. Entrevista com o youtuber Carlito Neto e o professor Lejeune Mirhan. Moderação: Décio Nogueira.

A ligação de Jair Bolsonaro a irmãos do guarda municipal Marcelo de Arruda irritou o sobrinho do petista, que criticou a atitude do presidente. Marcio Arruda, que é filho do irmão bolsonarista do líder do PT em Foz do Iguaçu (PR), não participou da conversa o presidente.

A ligação por vídeo foi feita pelo deputado Otoni de Paula, que esteve na casa de um dos irmãos de Marcelo, com o aval de Bolsonaro, para intermediar a conversa. Segundo ele, o presidente conversou com dois irmãos do petista assassinado por serem apoiadores do mandatário.

“Marcelo era de uma família politicamente plural, onde ele apoiava o ex-presidente Lula, e parte de sua família era simpática ao presidente Bolsonaro, e a gente entendeu que teria acesso a prestar solidariedade sem parecer interesse de fazer dessa catástrofe, dessa coisa terrível que aconteceu, um palco eleitoral. E agente sai daqui consciente de que Marcelo é a única vitima dessa história”, declarou Otoni em vídeo.

Ao comentar uma publicação sobre o assunto no Facebook, Marcio detonou Bolsonaro e aliados e os chamou de “Ratos desgraçados”. “Depôs [sic] de falar um monte de abobrinha do meu tio falecido … E Mourão chamar meu tio trabalhador de bêbado …. Agora aparecem na casa da minha família … Gravando com celular escondido …. Soltando imagens e pagando de bom samaritano …. Ratos desgraçados”.

Bolsonaro convidou uma parte da família de Marcelo para visitar o Palácio do Planalto na próxima quinta-feira (14) e participar de uma entrevista coletiva. “Estamos ainda definindo se vamos para Brasília ou se vamos pedir para o presidente vir a Foz”, afirmou o irmão de Marcelo.

Confira a publicação de Marcio abaixo:

Uma das irmãs de Marcelo Arruda disse nesta quarta-feira (13) que Bolsonaro só se compadeceu com o caso após ter dado declarações minimizando o ocorrido.

Segundo Luziana de Arruda, o presidente e o vice-presidente, Hamilton Mourão, resolveram consolar a família após as proporções que o caso tomou.

“[O vídeo da conversa com os irmãos] foi usado para cunho político, quando as declarações do senhor presidente da República e do seu vice não foram as declarações legais”, disse à Folha de S.Paulo.

“De repente eles resolvem se compadecer da nossa família, resolvem querer nos ouvir. Acho que ele [Bolsonaro] viu que a coisa tomou proporção gigantesca e resolveu voltar atrás das palavras”, afirmou. “Depois que bate ele resolve consolar. A mesma mão que pune é a mesma mão que afaga?”.

Marcelo Arruda foi assassinado a tiros pelo policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho durante sua festa de aniversário de 50 anos com decoração temática do PT.

Bolsonaro criticou a violência de “petistas” contra Jorge, após a troca de tiros com Marcelo. Jorge também foi baleado e está internado em estado grave. Ele foi alvo de chutes dos convidados que estavam na festa.

O presidente afirmou aguardar o fim da investigação “para a gente ver que teve problema lá fora, onde o cara que morreu, que estava lá na festa, jogou pedra no vidro daquele cara que estava com o carro do lado de fora”. “Depois, ele voltou e começou o tiroteio lá e morreu o aniversariante.”

Mourão minimizou o caso ao falar que ocorre “todo final de semana”, com “gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas”.

Luziana também criticou a forma como o vídeo do telefonema do presidente para a família foi divulgado. “Para nós foi um choque o que aconteceu e ver daquele jeito a divulgação do vídeo”, disse.

Ela disse que ainda não conversou com os irmãos sobre o episódio.

Anestesista preso agora é investigado por abuso de seis mulheres durante o parto

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante por ter estuprado uma mulher grávida durante o parto, está sendo investigado por abuso de outras cinco mulheres na mesa de cirurgia em hospitais da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Um mulher que fazia a segunda cesariana e foi atendida por ele diz que pensar que pode ter sido uma das vítimas do anestesista tira o seu sossego, já que são poucas lembranças do dia do parto, por causa da sedação.

“A gente não entra para o centro cirúrgico acreditando que vai ser abusada.” “Passa aquele filme na sua cabeça. O que ele fez comigo naquele momento do apagão? O que aconteceu? Será que ele conseguiu, será que ele chegou a conseguir fazer alguma coisa?”, disse a mulher ao G1.

Outra paciente foi com o filho bebê à Delegacia da Mulher em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ela relata que ficou inconsciente o tempo todo e que estranhou a forma com que o médico falava com ela durante o parto.

“Todas as coisas que ele ia perguntar, as perguntas de praxe, se eu estava me sentindo bem, ele sempre falava muito próximo ao meu ouvido. Isso me incomodou bastante, me lembro de ter me incomodado bastante”, declarou ao G1.

O anestesista Giovanni foi gravado praticando violência sexual contra uma grávida sedada, durante a cesariana, no domingo (10). O flagrante aconteceu após enfermeiras, que já vinham desconfiando do comportamento do médico, esconderem um telefone em um armário e conseguirem registrar o momento do abuso.

Giovanni Bezerra é investigado por seis estupros. Três, no dia em que foi gravado pela equipe de enfermagem, e o restante em dias diferentes, com mulheres que tinham acabado de ter filhos e estavam desacordadas.

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