Live da Tarde: MBL tenta criminalizar MTST; Bolsonaro ameaça fechar STF e ainda quer reaproximação de Biden

Atualizado em 9 de junho de 2022 às 17:01
Live da Tarde: MBL tenta criminalizar MTST; Bolsonaro ameaça fechar STF e ainda quer reaproximação de Biden
Foto: Reprodução/DCMTV/YouTube

MBL e Bolsonaro são assunto. AO VIVO. Pedro Zambarda faz o giro de notícias e conversa com a jornalista Cristina Serra. Veja o DCM TV.

Após a invasão de militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) no Shopping Iguatemi em São Paulo, na última quarta-feira (9), o vereador e integrante do MBL, Rubinho Nunes (União Brasil) usou a situação como justificativa e solicitou ao Ministério Público um requerimento para considerar o MTST como uma organização criminosa, segundo o Estadão.

Integrantes do MBL alegam que o movimento gera ”pânico contra inocentes proprietários de imóveis que não têm culpa a respeito dos problemas de falta de moradia no país”, como consta no requerimento que também foi assinado pelo pré-candidato a deputado estadual, Guto Zacarias.

“Entendemos haver indícios de prática delituosa que atenta ao Código Penal, bem como a princípios da Constituição Federal, em razão da formação de organização criminosa com o intuito de praticar os crimes de violação de domicílio”, argumenta outro trecho do documento.

Bolsonaro ameaça fechar STF

Um aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um relato muito sensível em um grupo de WhatsApp de partidos do Centrão nesta quinta-feira (09). Ele afirmou que o presidente ameaçou fechar o STF (Supremo Tribunal Federal), no caso de ter sua chapa cassada durante o período eleitoral.

A fonte, que pediu para não ter seu nome identificado por medo de represália, contou à reportagem que um importante aliado de Bolsonaro fez a denúncia num grupo de apoiadores que ele mantém no WhatsApp. “Eu faço parte do grupo porque represento este aliado no estado de São Paulo”, explica.

Questionado sobre como teria sido a ameaça, o assessor dá detalhes. “Ele mandou um áudio dizendo que o presidente vai fechar o STF. Mas falou rindo, em tom de brincadeira”, conta sem, contudo, mostrar o áudio por medo de vazamento. “O parlamentar disse pra gente que Bolsonaro tem mandado ameaças, mesmo que em tom de brincadeiras, para garantir que sua chapa não seja cassada”.

O risco de cassação da chapa de Bolsonaro veio à tona por conta da nova legislação que prevê uma série de punições para o candidato que espalhar fake news, inclusive a perda dos direitos políticos. Aliados do presidente tem pedido para ele não espalhar notícias falsas a fim de não correr o risco e deixar isso para o núcleo duro da campanha, que é comandada por Carlos Bolsonaro (Republicanos).

Segundo este parlamentar contou a seus assessores, um aliado chegou a questionar Bolsonaro como ele reagira se tivesse seu registro cassado e não pudesse concorrer. “Eu fecho o STF”, teria respondido o presidente às gargalhadas. A resposta foi vista como brincadeira por pessoas mais próximas, mas também como uma ameaça velada.

No entanto, o grupo político que rodeia Bolsonaro não acredita que ele teria força para tentar um golpe ou qualquer coisa contra o STF. “Ele está fragilizado, sem apoio popular e nem é unanimidade nas Forças Armadas. Se ele tentar o golpe, fracassa”, comentou um deputado federal do Progressistas em conversa com a reportagem. Mesmo assim, a afirmação acendeu o sinal amarelo no próprio governo e deixou a ala ideológica pronta para a guerra.

Após ser orientado a não falar de fraude com Biden, Bolsonaro reclama: “Não tenho medo dele”

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) está morrendo de medo dele cometer alguma gafe para azedar de vez a relação entre Brasil e EUA durante o encontro com o presidente americano Joe Biden. O presidente chegou a ser orientado de que não deveria insinuar que houve fraude na eleição do democrata, mas não gostou nada do conselho dado por aliados.

Segundo uma fonte no Planalto revelou ao DCM, ministros ligados ao grupo político – e não ideológico – de Bolsonaro conversaram longamente com o presidente antes dele embarcar para os EUA. Em pauta, o que deveria ser discutido com Biden e como formar uma relação bilateral que seja vantajosa para o Brasil, apesar das diferenças entre eles.

Um funcionário que esteve presente, comentou num grupo de WhatsApp que, em determinado momento do encontro, Ciro Nogueira (PP) foi bastante taxativo. “Ele disse para o presidente tomar cuidado com a brincadeira de que houve fraude nas eleições porque isso é um tema sensível para o Biden”, revelou a fonte.

Mas Bolsonaro não gostou da orientação e reagiu mal. “Eu não tenho medo dele, po. Se ele acha que pode palpitar nas eleições daqui eu vou dar meu pitaco nas eleições de lá”, teria respondido o presidente. A conversa não chegou a engrossar porque os ministros entenderam que é mais uma ameaça vazia e que ele não deverá levar adiante porque sabe da importância desse encontro, inclusive para fins eleitorais.

Mesmo assim, o temor é que Bolsonaro faça qualquer tipo de comentário desse tipo porque a reação de Biden deve ser imediata. Os dois se encontram nesta quinta-feira (09), em Los Angeles, na Cúpula das Américas.

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