Lula e a ONU são assuntos nesta sexta-feira (29) na Live da Tarde. AO VIVO. Sara Vivacqua faz o giro de notícias. Entrevista com os advogados Paulo Lugon Arantes e Martonio Mont’alverne Barreto. Moderação: Marília Beznos.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, e falou sobre a decisão da ONU em relação ao processo da Lava Jato contra ele. A Organização das Nações Unidas reconheceu que o líder das pesquisas foi vítima de julgamento parcial e seus direitos políticos foram violados.
“A decisão da ONU mostrou a falácia contra mim, a decisão de não me deixar ser candidato, a decisão de me prender. A ONU deu um chute nisso e mostrou a pouca vergonha que foi feita para evitar que eu fosse presidente da República em 2018”, declarou.
“Eu agora não tenho que provar mais nada. Quem tem que provar é quem foi mentiroso e me acusou. Esse pessoal que me acusou induziu a imprensa brasileira a acreditar nas mentiras do Moro, nas mentiras do Dallagnol. Eu estou muito tranquilo. Quem tem que me pedir desculpas é quem me acusou falsamente, é quem mentiu a meu respeito, é quem foi leviano comigo”, completou.
Decisão da ONU sobre Lula e a Lava Jato
O Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organizações das Nações Unidas) concluiu que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) foi parcial em seus julgamentos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos processos envolvendo a Operação Lava-Jato. Além disso, o Comitê concluiu que o petista teve seus direitos políticos violados nas eleições de 2018.
Após seis anos de análise, o órgão da ONU deu sua decisão e, como o Brasil ratificou tratados internacionais, ele deve cumprir a recomendação. Porém, a própria Organização sabe que, como não existe uma obrigação, as recomendações correm o risco de serem ignoradas.
Para o Comitê, Moro foi parcial ao julgar os processos envolvendo o ex-presidente Lula. O anúncio ocorreu na última quinta-feira (28).