Lula acompanha pessoalmente situação dos brasileiros que tentam deixar Gaza

Atualizado em 16 de outubro de 2023 às 12:35
Lula em conversa com o presidente de Israel, Isaac Herzog. Foto: Ricardo Stuckert

A situação dos cerca de 30 brasileiros buscando deixar a Faixa de Gaza, por meio da fronteira do Egito, tem preocupado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está pessoalmente acompanhando os desdobramentos da missão de resgate. Apesar dos esforços diplomáticos e contatos diretos com os líderes de Israel e do Egito, a expectativa de uma saída iminente permanece incerta e envolta em apreensão.

Enquanto relatos indicam um impasse persistente, especialmente por parte de Israel, que até agora não atendeu aos apelos dos Estados Unidos por um cessar-fogo, a tripulação encarregada da operação de resgate se encontra em estado de prontidão em um hotel em Roma, a poucos minutos da área de embarque onde a aeronave presidencial está estacionada, aguardando autorização para decolagem.

Para garantir o bem-estar dos repatriados, caso a operação seja autorizada, uma equipe de atendimento composta por um médico, um psicólogo e um enfermeiro está de prontidão, pronta para prestar assistência assim que necessário. O clima no Palácio do Planalto reflete a tensão e o ceticismo diante dos desafios persistentes que envolvem a evacuação segura dos brasileiros retidos em Gaza.

Aeronave VC-2 (Embraer 190), da Força Aérea Brasileira (FAB), usada pela Presidência da República. Foto: Reprodução

No fim de semana, a Embaixada do Brasil no Egito mobilizou uma equipe de diplomatas para Ismaília, no Norte do país, para acompanhar de perto as negociações que buscam conseguir a abertura da fronteira para retirar os brasileiros que estão na Faixa de Gaza. A equipe é liderada pelo embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco Neto.

Os diplomatas aguardam autorização para se dirigirem ao aeroporto de Al-Arish, uma das opções para a saída dos brasileiros no Egito. Caso autorizado, o destino pode ser a cidade palestina de Rafah, na fronteira entre Egito e Gaza, onde parte do grupo de brasileiros espera para ser evacuado. Outra parte do grupo está na cidade de Khan Younes, também no sul de Gaza.

“Nós, e também outras embaixadas, não podemos entrar no Sinai. Dependemos de uma autorização expressa do governo egípcio”, disse Paulino Franco Neto ao jornal O Globo.

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