Agora chega. Por Moisés Mendes

Atualizado em 7 de maio de 2022 às 23:23
Lula
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Geraldo Alckmin será o vice de Lula, e o assunto está encerrado. Quem continuar brincando de esperto, para parecer inteligente, na linha do eu-estou-avisando, estará sabotando a luta contra o fascismo.

O fogo amigo dos pretensos críticos da chapa Lula-Alckmin passa a ser cúmplice dos avanços da extrema direita.

Está na hora de parar de brincar com as falas dos esquerdismos da adolescência do século 20.

Vamos reconhecer que Alckmin teve a grandeza sonegada por tucanos do porte de Fernando Henrique Cardoso, que sempre rejeitou aproximações com o PT e a possibilidade de convergência de adversários (mas aliados contra a ditadura) em defesa de um projeto comum.

Quem, dentro do PT, continuar batendo em Alckmin não alcança o tamanho do gesto do ex-governador, subestima as circunstâncias, ignora o avanço do bolsonarismo militerizado e põe à prova a própria capacidade de discernimento da realidade brasileira.

O crítico da chapa Lula-Alckmin, se for militante petista (nem precisa ser pretenso líder), é tão alienado politicamente quanto os incapazes de compreender o que seria um segundo governo Bolsonaro.

Os riscos de uma chapa com um ex-tucano são quase irrelevantes se confrontados com a ameaça concreta de permanência do bolsonarismo no poder, com seus militares e seus milicianos.

Parem com essa conversinha de tio esquerdista. Não façam fiasco. Não paguem o mico de bater pouco em Bolsonaro e muito num político de centro que deseja caminhar junto com quem pode vencer Bolsonaro e tudo o que ele representa.

Puristas e alarmistas retardatários do século 20, deixem de ser ridiculamente infantis. Cresçam, apareçam e deixem de falar dos nazistas ucranianos. Ajudem a enfrentar os fascistas brasileiros.
Leiam e decorem pelo menos esse trecho da fala Lula neste sábado em São Paulo:

“Queremos voltar para que ninguém nunca mais ouse desafiar a democracia. E para que o fascismo seja devolvido ao esgoto da história, de onde jamais deveria ter saído”.

Publicado originalmente no blog do Moisés Mendes

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