Lula anuncia a criação da Autoridade Climática em resposta à crise ambiental

Atualizado em 10 de setembro de 2024 às 20:44
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falando e gesticulando sem olhar para a câmera
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Divulgação/PR

Na noite desta terça-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que vai estabelecer uma Autoridade Climática. A declaração do petista foi feita em uma reunião dele com prefeitos do Amazonas para falar sobre o combate à seca na região.

Diretamente de Manaus, o chefe do governo destacou que a questão climática não é mais uma “história” de estudantes universitários ou ambientalistas, mas a maior prova de que os seres humanos, que são tratados como os únicos racionais, são os responsáveis por destruir o ambiente em que moram, a comida que comem e a água que bebem.

Lula ressaltou que a sociedade não pode mais deixar a desgraça acontecer para tomar uma atitude. “Encaminharei ao Congresso uma Medida Provisória criando o estatuto jurídico da Emergência Climática, para acelerar políticas públicas de enfrentamento aos extremos climáticos. Estabeleceremos uma Autoridade Climática e um comitê técnico científico que dê suporte as ações do governo federal”, pontuou.

A Autoridade Climática trabalha como uma autarquia que, diferentemente de um ministro, tem autonomia para trabalhar em projetos de outras pastas. Assim, o responsável auxiliaria o governo federal a supervisionar políticas climáticas, corrigir estratégias, coordenar ações na área ambiental, dentre outras funcões.

Em sua página no Blue Sky, o presidente falou sobre outras questões relacionadas ao Amazonas. “Muita gente não compreende o esforço que fazemos para visitar uma comunidade com 19 famílias, no Amazonas. São os chamados invisíveis, aqueles que não vivem nas capitais. Vim aqui para mostrar que, neste país, ninguém será esquecido, independentemente da condição social”, escreveu.

“Eu falo sem medo de errar: duvido que, na história do Brasil, algum presidente tenha colocado tantos recursos no Amazonas como em meus governos. E nunca os prefeitos foram tão bem tratados como nas minhas gestões”, afirmou Lula.

Ainda sobre os recursos enviados ao estado, o chefe do governo brasileiro detalhou: “Para o Amazonas, foram destinados R$ 15 bilhões pelo Novo PAC. Até abril, foram aplicados R$ 4,2 bilhões. E não fui eu, Lula, quem decidiu as obras prioritárias para o estado. Foram o governador e os prefeitos”.