
O presidente Lula anunciou nesta quarta-feira (17) a demissão de Celso Sabino do Ministério do Turismo, após a expulsão do ministro do União Brasil. Ele, que foi indicado pelo partido para o cargo, desobedeceu à ordem da sigla de deixar o governo petista após a legenda decidir romper com a gestão.
A decisão foi tomada pela cúpula do União Brasil no início de dezembro, após ele insistir em permanecer no cargo contra a vontade da legenda.
A saída foi oficializada após uma reunião ministerial na Granja do Torto, e o União Brasil imediatamente reivindicou o cargo, indicando Gustavo Damião, filho do deputado federal Damião Feliciano (União-PB), como seu substituto.
Sabino, que já havia considerado a possibilidade de sair do governo antes, destacou em sua despedida: “Saio com o sentimento de que fui injustiçado, mas saio com a cabeça erguida. Sigo ao lado do melhor presidente que o Brasil já teve, que é o presidente Lula.”

O embate entre Sabino e o União Brasil começou quando ele desconsiderou a ordem de rompimento com o governo petista e permaneceu no cargo, contrariando o partido. A expulsão aconteceu em meio à tensão política interna, especialmente após o escândalo envolvendo o presidente da legenda, Antonio Rueda, e as acusações sobre sua relação com o tráfico de drogas.
Em sua saída, Sabino agradeceu à sigla e reafirmou sua pré-candidatura ao Senado em 2026. Após a demissão, a vaga no Ministério do Turismo deve ser ocupada por Gustavo Damião, que foi escolhido por um grupo mais governista dentro da bancada do União Brasil.
A troca foi vista também como uma estratégia para fortalecer os laços entre o governo e a sigla, além de representar uma tentativa de recomposição com figuras como o presidente da Câmara, Hugo Motta, que poderia se beneficiar com a aproximação.
O processo de substituição do ministro também está relacionado à tentativa do União Brasil de ajustar sua postura política frente ao governo de Lula, principalmente após a decisão de apoiar a candidatura presidencial de Tarcísio.
Sabino, por sua vez, seguirá sua carreira política e deve retomar o mandato na Câmara dos Deputados após deixar o governo.