Lula assina manifesto com presidentes latinos e europeu após tarifaço de Trump

Atualizado em 21 de julho de 2025 às 12:28
Presidentes Yamandú Orsi (Uruguai), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha) e Gustavo Petro (Colômbia) – Foto: Reprodução/X

Em meio à crise diplomática com Donald Trump, o presidente Lula (PT) assinou um manifesto conjunto com líderes da América Latina e da Espanha em defesa da democracia e contra o avanço de discursos autoritários. O texto havia sido publicado no domingo (20), pela Folha, às vésperas da Reunião de Alto Nível “Democracia Sempre”, realizada em Santiago, no Chile.

Assinam o documento os presidentes Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Yamandú Orsi (Uruguai) e Gustavo Petro (Colômbia), além de Lula.

O manifesto critica a desinformação nas redes sociais, o enfraquecimento de instituições e o aumento das desigualdades. A iniciativa reforça uma articulação iniciada por Brasil e Espanha na Assembleia Geral da ONU em 2023.

Segundo o Planalto, o objetivo é consolidar Lula como uma liderança internacional na defesa de valores democráticos, em um momento de tensões com os Estados Unidos após Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Embora o presidente norte-americano não seja citado diretamente, o texto é lido como resposta a seus discursos radicais. O manifesto também critica os efeitos da polarização e da manipulação digital, em clara referência às ações do republicano e ao embate do governo brasileiro com as big techs.

O artigo propõe reformas estruturais para reduzir a desigualdade e fortalecer os direitos humanos. Os presidentes também destacam a necessidade de desenvolvimento sustentável e valorizam o papel da sociedade civil na defesa do sistema democrático.

A reunião no Chile acontece nesta segunda-feira (21) com a presença de chefes de Estado, ativistas, intelectuais e organizações sociais.