Publicado originalmente no Tijolaço
A cena, Lula carregado pela multidão, é um “replay”, de sentido contrário, às que vimos, com tristeza, em 7 de abril de 2018.
Com um símbolo que, provavelmente, será o complemento simbólico da imagem que será a “cara” do ato de recepção do ex-presidente no Sindicato do dos Metalúrgicos: a bandeira do Brasil que Lula, nos ombros da multidão, agitou freneticamente.
Se esta é a imagem, a palavra que fica de seu discurso de mais de 40 minutos, é “milícia”.
Foi com este estigma, por diversas vezes que ele marcou a testa de Jair Bolsonaro.
“Não adianta ficar com medo, não adianta ficar com medo. Não adianta ficar preocupado com as ameaças que eles fazem na televisão, que vai ter miliciano, que vai ter AI-5 outra vez. A gente tem que ter a seguinte decisão: esse país é de 210 milhões de habitantes, e a gente não pode permitir que os milicianos acabem com este país que nós construímos.”
Chamou o atual presidente para o terreno em que se pretendia colocar a ele, Lula.
No qual Bolsonaro tem passado e, sobretudo, presente.
Lula não tratou em detalhes das razões de sua inocência, preferiu entrar firme sobre Moro e Dallagnol, cuja credibilidade minguante e os atritos crescentes com o Supremo Tribunal Federal o favorecem.
E se fixou na crise econômico-social do país e em quanto ele piorou desde a sua prisão.
Prometeu correr o país, mas pediu 20 dias para atualizar-se e propor um programa de ação para a oposição.
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