
A aprovação do presidente Lula (PT) voltou a crescer e atingiu seu maior patamar em 2025, segundo a mais recente pesquisa da AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, divulgada nesta quarta-feira (31).
Após meses de oscilação, os números mostram uma virada no cenário político, com Lula superando a marca de 50% de aprovação em julho. Ao mesmo tempo, a desaprovação caiu para menos de 50%, registrando 49,7% — a menor taxa desde março.
A tendência de recuperação vem após um período de queda acentuada nos primeiros meses do ano, quando a avaliação negativa do governo chegou a 53,7% em abril, enquanto a aprovação descia a 44,9%.
O número de pessoas que disseram não saber ou não opinaram chegou ao menor patamar da série histórica: apenas 0,2%.

Os dados revelam que a imagem do presidente começou a melhorar logo após a crise provocada pelo tarifaço de Donald Trump, articulado nos bastidores por Eduardo Bolsonaro e defendido pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O movimento do deputado federal, que buscava impor sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e contra setores do governo Lula, acabou prejudicando economicamente o próprio Brasil, especialmente o setor agropecuário, base tradicional do bolsonarismo. A estratégia foi vista por aliados do parlamentar como um “tiro no pé” e gerou insatisfação na base conservadora.
A pesquisa também detalhou os cenários eleitorais para 2026. Em uma disputa de primeiro turno contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula lidera com 48,5%, contra 33% de Tarcísio — uma vantagem de 15,5 pontos percentuais, que cresceu 4,9 pontos em relação ao levantamento anterior.

Em cenário com Michelle Bolsonaro, Lula mantém os mesmos 48,5%, enquanto a ex-primeira-dama aparece com 29,7%.

Já em um cenário com Fernando Haddad como candidato do PT, a disputa fica acirrada: Haddad tem 34,2% e Tarcísio 33,8%, enquanto Ciro Gomes registra 8,5%. Nesse contexto, 9% dos eleitores ainda estão indecisos ou votariam branco/nulo.

Nos cenários de segundo turno, Lula volta a liderar contra todos os principais adversários. A vantagem sobre Jair Bolsonaro é de 3,8 pontos percentuais, com crescimento de 2,3 pontos entre junho e julho.

A pesquisa também revela que, para 54,9% dos brasileiros, a corrupção segue sendo o maior problema do país. No entanto, houve uma queda de 3% na preocupação com criminalidade e tráfico de drogas e leve recuo nas queixas sobre economia e inflação.
