Lula chama Bolsonaro de “marionete” e detona PEC que impede prisão de ex-presidentes

Atualizado em 27 de julho de 2022 às 14:09
Lula e Bolsonaro
Foto por: Ricardo Stuckert – Clauber Cleber Caetano/PR

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu uma entrevista ao UOL na manhã desta quarta-feira (27) e falou sobre seu plano de governo e sobre as eleições. Na conversa, ele também criticou a PEC que tem sido articulada por aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), que consiste em impedir a prisão de ex-presidentes.

A emenda surge em meio às investigações da CPI das Fake News e aos ataques diretos do presidente às urnas eletrônicas, além do escândalo do MEC envolvendo o chefe do Executivo e o ex-titular da pasta Milton Ribeiro.

“Eu ouvi ontem que o pessoal dele está discutindo uma PEC para que ex-presidente não possa ser preso, vire senador vitalício. Eu sou contra. Do que esse cidadão tem medo?”, afirmou o candidato do PT.

Lula voltou a detonar seu principal adversário nas eleições deste ano pelo domínio que o Congresso tem sobre ele, em especial por meio das chamadas emendas de relator. “O presidente não tem força com o Congresso, é uma marionete”, disse.

Ele também criticou os atos planejados por Bolsonaro (PL) para o próximo 7 de setembro, marcado por manifestações bolsonaristas em 2021.

“Bolsonaro quer brincar com a data mais nobre que temos no Brasil. Ao invés de fazer dos 200 anos da independência uma festa cívica, ele quer fazer uma festa dele, uma motociata dele. A independência não é dele, é da sociedade brasileira”, criticou ele.

Em relação á nova PEC aprovada pelo presidente que amplia beneficios sociais como Auxílio Brasil e Auxílio Gás, além de um auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros. A emenda surge na tentativa do candidato do PL em angarar voto das classes populares.

“As pessoas vão pegar o auxílio, e não vão votar nele. E tem que usar mesmo porque senão o Guedes toma”, disse Lula. 

Diante das falas recentes de Bolsonaro em que ele alega violência por parte da esquerda, Lula criticou o discurso: “Um presidente não pode ter raiva”.

“Um presidente tem que tratar todos como melhores amigos. E quem for mais necessitado tem que ser tratado com mais prioridade. Hoje eu sou um homem apaixonado pelo Brasil, pela Janja. Vocês acham que eu vou ter ranço ou raiva de alguém? Não vou. Não tenho desejo de vingança, tenho desejo de reconstruir esse país”, destacou.

“Eu quero cumprir o melhor mandato da minha vida. E fazer 40 anos em 4. Eu nunca estive tão motivado como agora. É o serviço que eu tenho a prestar ao meu país”, concluiu o petista.

Assista à entrevista na íntegra:

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